A cavaleira portuguesa Luciana Diniz destacou hoje o “sonho realizado” de se qualificar para Tóquio2020, apontando à “medalha” no que deverão ser os seus quintos Jogos Olímpicos.
“É um grande feito e mais um sonho realizado. Mais uma olimpíada e o grande sonho de ainda ganhar uma medalha. Nas duas últimas estive perto, no Rio2016 bati no último obstáculo… Vou fazer tudo para chegar ainda mais perto. Estou realmente muito feliz”, disse à Lusa.
A luso-brasileira foi segunda classificada no grupo B de qualificação olímpica dos saltos de obstáculos, o que lhe permitiu assegurar, pelo ranking, a vaga para o país, ainda não sendo certo que será quem a vai ocupar.
“Não vamos tentar [a medalha], mas fazer acontecer. Fazer o nosso melhor. Um plano para cada cavalo e um para mim, fisicamente, emocionalmente, espiritualmente. Um balanço das três componentes para chegar lá no meu melhor”, vincou.
No Rio2016, com a égua Fit For Fun 13, Luciana Diniz terminou o concurso de obstáculos na nona posição, sendo que o pódio seria uma realidade se não falhasse no derradeiro salto.
“Muito do nosso desporto tem a ver com estar junto e tornarmo-nos ‘um’ com o cavalo. Em Londres2012, perdi o estribo antes do último obstáculo. Perdeu-se a unidade. Não podia perder o contacto com o cavalo, devia ser ‘um’ com ele até ao final. No Rio, foi no último obstáculo, com uma distância armadilha. A minha reação foi tardia e fiz a falta”, recordou.
Luciana Diniz vai fazer agora um plano de preparação que inclui “treinar com temperaturas altas”, para que a cavaleira, que reside na Alemanha, e os seus cavalos se adaptem à realidade de “40 graus” que espera encontrar no Japão.
A atleta competiu em Atenas2004 pelo Brasil, foi a Pequim2008 como treinadora da Argentina, passando a representar Portugal em Londres2012 e Rio2016, pelo que vai para a sua quinta participação olímpica.
“Este ano lutámos bastante para estar lá. Quero fazer uma boa programação para chegarmos lá no nosso melhor”, concluiu a atleta.
Em equestre, Portugal já tinha assegurado a participação da equipa de ensino, através de Duarte Nogueira, Rodrigo Torres, João Torrão e Maria Caetano (apenas três poderão estar em Tóquio).
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