O diretor técnico do Comité Olímpico de Portugal, Pedro Roque, fez hoje um “balanço positivo” do desempenho luso nos II Jogos Europeus, destacando a “seriedade e espírito de superação” que reinou na equipa em Minsk.

“Foi criado um espírito de superação dentro da Missão. O que aconteceu foi que tivemos um número de medalhas ligeiramente superior ao que estávamos a contar no início, mas foi devido a esse espírito de competição e superação que os atletas acabaram por demonstrar ao longo destes 10 dias de competição que tudo isso foi possível”, destacou.

Portugal concluiu os Jogos no 17.º lugar, subindo uma posição em relação a Baku2015: com menos eventos desportivos, foram igualados os três ouros, houve mais duas pratas para um total de seis e mais três bronzes, totalizando também seis.

“Estas 15 medalhas não são por acaso. Temos um número relativamente similar às classificações top 8, mas houve uma transferência muito grande para as posições de pódio e muito menos posições entre o quarto e o oitavo lugar. Estamos muito satisfeitos que isso esteja a acontecer”, elogiou.

Pedro Roque entende que “algo se vai transformando no que é a cultura desportiva” de Portugal, já que os desportistas não se apresentam “apenas para participar, mas para procurar o resultado”.

Apesar do otimismo, assume que este desempenho não pode ser transportado para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, pois é uma “competição muito distinta”.

“Mas este espírito que encontrámos, esse sim, esse é um espírito que vamos tentar transpor para Tóquio e, se o conseguirmos fazer, estou muito seguro de que vamos ter um resultado de grande monta. Os atletas demonstraram aqui que têm esse espírito de missão e vontade de fazer melhor que no passado”, asseverou.

Em termos de resultados, o COP e o Estado contratualizaram o mínimo de duas posições de pódio, 12 até ao oitavo lugar e 26 até ao 16.º, além de outros objetivos.

“De um modo geral, as federações estão a trabalhar muitíssimo bem, os atletas estão a trabalhar muitíssimo e, como demonstraram aqui, estão a trabalhar para resultados objetivos e de nível elevado”, reforçou.

Ao contrário do habitual, em Minsk2019 foi o diretor desportivo a fazer o balanço da missão e não o seu chefe, Marco Alves.

Portugal concluiu os II Jogos Europeus com 15 medalhas, três delas de ouro, conquistadas pela seleção de futebol de praia, por Fu Yu, na competição de singulares femininos de ténis de mesa, e Carlos Nascimento, nos 100 metros.

A representação lusa amealhou ainda seis de prata, pela equipa de judo, pelo ciclista Nelson Oliveira no contrarrelógio, pelas ginastas acrobatas Bárbara Sequeira, Francisca Maia e Francisca Sampaio Maia, nas provas de combinado e de exercício dinâmico, e por Fernando Pimenta, em K1 1.000 e K1 5.000 metros.

Na prova de equilíbrio, as três ginastas também conquistaram uma medalha de bronze, tal como a judoca Telma Monteiro (-57 kg), a estafeta mista dos 4x400 metros, Diogo Ganchinho, nos trampolins, a karateca Patrícia Esparteiro, em kata, e a seleção masculina de ténis de mesa no torneio por equipas.