Cerca de 80 países, com 1.500 atletas e ‘staff’, marcarão presença no Campeonato do Mundo de velocidade de canoagem e paracanoagem, que vai decorrer em Montemor-o-Velho, em agosto, e no qual Portugal terá canoístas do projeto olímpico Tóquio2020.

O Mundial terá lugar no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, entre 22 e 26 de agosto, durante os quais serão disputados, segundo avançou o vice-presidente da Federação Portugal de Canoagem (FPC) e diretor da prova, 42 eventos, 30 de velocidade e 12 de paracanoagem, sendo 12 olímpicos e nove paralímpicos.

"Temos tido, em média, um evento por ano em Portugal, o que mostra a confiança que as instâncias internacionais que regem a modalidade têm em Portugal em termos organizativos", começou por dizer Ricardo Machado, na apresentação da prova, que decorreu na sede do Comité Olímpico de Portugal (COP).

O vice-presidente da FPC disse que são esperados "1.500 atletas e ‘staff’ de cerca de 80 países" e revelou que orçamento global da competição ronda os 1,2 milhões de euros, antes de manifestar confiança no desempenho dos canoístas lusos.

"Vamos estar presentes com uma das maiores comitivas de sempre, com 40 atletas, 12 dos quais integrados no projeto olímpico de Tóquio 2020. Tendo atletas deste nível, estamos confiantes em obter bons resultados", referiu, apelando à presença do público em Montemor-o-Velho.

Entre os participantes estará o principal nome da canoagem lusa, Fernando Pimenta, medalha de prata em Londres2012, tricampeão europeu em K1 1.000 metros e campeão mundial em K1 5.000, em 2017.

"O nível num Mundial é muito alto. O primeiro grande passo é atingir a final e depois tentar estar na luta pelos pódios. Esta é uma prova de aferição. A prova que nos interessa é o Mundial do próximo ano, em que vão estar em disputa as vagas olímpicas, que são escassas. Espero chegar lá na melhor forma e conseguir uma vaga olímpica para Tóquio2020", vincou.

Em Montemor-o-Velho, Fernando Pimenta vai participar nas disciplinas de K1 1.000 metros e K1 5.000, estando ainda em aberto a possibilidade de disputar a prova de K1 500, embora esta não seja olímpica, tal como a distância mais longa.

Já Teresa Portela, que no mês passado arrecadou, juntamente com Joana Vasconcelos, a medalha de ouro em K2 200 metros no Campeonato da Europa, está a viver um "novo desafio" a competir em K2 e apontou a presença na final como "um bom resultado".

Por seu lado, Joana Vasconcelos também referiu a final como meta e disse que "tudo o que vier depois disso será bem-vindo". De resto, a atleta, de 27 anos, destacou a importância de treinar com Fernando Pimenta, considerando-o "uma inspiração" para as canoístas lusas.

Na cerimónia de apresentação do Mundial estiveram igualmente presentes o presidente do COP, José Manuel Constantino, o presidente do Comité Paralímpico de Portugal, José Lourenço, e o presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, Augusto Baganha.