O canoísta português José Ramalho, novo vice-campeão do mundo de maratonas em K1, congratulou-se hoje com o regresso às medalhas, aos 42 anos, prometendo manter-se na luta até ao título mundial.
“Será sempre esse o objetivo, ganhar o título mundial em K1. Já venci em K2 e em K1, na ‘short race’. Vamos à luta. Não sabemos o futuro, mas estarei a treinar e a tentar levar a bandeira de Portugal ao lugar mais alto”, prometeu José Ramalho, já com três pratas e outros tantos bronzes em Mundiais.
O vila-condense, de 42 anos, cumpriu os 29,8 quilómetros do trajeto em 2:05.53 horas, mais 2.25 minutos do que o dinamarquês Mads Pedersen, vencedor em 2:03.28 horas, tempo que lhe valeu o quarto título mundial em K1.
“Sabe muito bem, este regresso às medalhas. Em 2023, fiz os Europeus e os Mundiais com covid-19. Aos 42 saber que ainda estou de volta é bastante bom”, reforçou.
A missão de Ramalho não foi fácil, já que o seu barco começou por meter água, facto que lhe dificultava o manejamento do leme, pelo que logo na primeira portagem parou uns segundos para tentar resolver o problema, juntamente com o selecionador, Rui Câncio, que pode ajudar o competidor.
“Fiquei para trás, no segundo grupo, mas vi que não havia muita cooperação. Decidi atacar e fugir na terceira portagem. Depois, os meus colegas de equipa, gritavam da margem a dizer que estava a apanhar o espanhol (Adrian Martin) e fiz mais um ‘pressing’ e depois liderei até ao fim para ficar em segundo, o que é bastante bom”, contou.
Ramalho vai ter menos de 20 horas para descansar, pois domingo vai repetir os 29,8 quilómetros, agora na companhia de Fernando Pimenta, com quem vai tentar o ‘tri’ mundial em K2, depois do ouro em Ponte de Lima, em 2022, e na Dinamarca, em 2023.
“Temos um grupo de adversários muito forte, mas eu e o Pimenta estamos na luta. Ganhámos duas vezes seguidas e este ano vamos lutar pelas medalhas. O Fernando está bem, eu vou recuperar. Estou com a moral em cima. É esperar e logo se verá”, concluiu.
Sete vezes campeão da Europa em K1, a Ramalho falta apenas o título mundial na corrida longa (tem na ‘short race’ e em K2), depois da prata em Itália em 2012, China em 2019 e Ponte de Lima em 2023, além do bronze em Crestuma em 2009, Estados Unidos em 2014 e Alemanha em 2016.
Este foi o terceiro pódio de Portugal nos Mundiais de maratonas, na Croácia, depois do ouro da júnior Maria Luísa Gomes, em K1, e do bronze de Rui Lacerda, em C1.
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