A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou hoje por unanimidade uma resolução que insta os países a respeitarem uma trégua olímpica durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, que vão realizar-se na localidade sul-coreana de Pyeongchang.
A ONU lembrou que os Jogos Olímpicos são uma oportunidade para construir um mundo “melhor e mais pacífico”, pelo que apelou a que todas as nações respeitem uma trégua olímpica, uma tradição da Grécia antiga, berço da competição, que se recuperou pela primeira vez em Barcelona1992.
A trégua ou paz olímpica é um período de armistício, que começa sete dias antes dos Jogos Olímpicos e que termina uma semana depois do encerramento dos Jogos Paralímpicos, durante o qual os países participantes devem evitar medidas que limitem a participação de atletas.
“Para os desportistas que vão reunir-se em Pyeongchang para os Jogos Olímpicos de Inverno, esta resolução terá um significado especial e profundo. Com a resolução da trégua olímpica, a Assembleia Geral da ONU está a criar condições para que todos os atletas possam competir em paz”, sublinhou o presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach.
O presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu que o desporto por si só não vai travar uma guerra, mas pode unir os povos.
“Os Jogos Olímpicos e a ONU aspiram ao mesmo ideal, um baseado na humanidade”, completou Miroslav Lajcak no discurso com que assinalou a aprovação da resolução “O desporto para o desenvolvimento e a paz: construção de um mundo pacífico e melhor através do desporto e do ideal olímpico”.
Kim Yuna, primeira campeã olímpica sul-coreana na patinagem artística (2010) e embaixadora da Boa Vontade de Pyeongchang2018, recordou diante da assembleia que quando tinha dez anos descobriu o que significava “o espírito e o poder dos Jogos Olímpicos”.
“Naquele momento [em Sydney2000], vi as delegações da Coreia do Norte e do Sul caminhar juntas rumo ao estádio olímpico”, contou Yuna, admitindo que gostaria de voltar a ver aquela cena novamente.
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