A seleção nacional portuguesa de ténis em cadeira de rodas estreou-se no BNP Paribas World Team Cup — Campeonato do Mundo de Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas com uma derrota contra a Espanha, por 3-0. A fase final da competição acontece pela primeira vez em Portugal, com organização da Federação Portuguesa de Ténis e da Premier Sports, entre os dias 2 e 8 de maio, na Vilamoura Tennis & Padel Academy.

No primeiro confronto do Grupo D, Portugal tentou, mas não conseguiu contrariar o favoritismo da Espanha, terceira cabeça de série do torneio e vice-campeã do mundo em 2021: João Couceiro (188.º do ranking mundial) perdeu por 6-0 e 6-0 com Enrique Siscar (57.º), Fábio Reis (156.º) cedeu por 6-0 e 6-0 perante Daniel Caverzaschi (11.º) e no duelo de pares Carlos Leitão (186.º) e Jean Paul Melo (457.º) consentiram os parciais de 6-0 e 6-1 a Martin de La Puente (10.º) e Francesc Tur (41.º).

“A nossa participação tem de passar por dar a oportunidade aos jogadores de evoluírem e neste caso o Fábio e o João são os jogadores que têm mais margem de progressão, por serem os mais novos. Estes encontros fazem parte do processo evolutivo de cada um, porque precisam de competir a este nível para terem a capacidade de gerir as emoções que a competição envolve. No par, apesar de o Carlos e o Jean Paul Melo não terem a mesma mobilidade e movimentação, houve momentos engraçados porque eles já têm uma experiência que lhes permite fazer uma melhor gestão da competição”, explicou o selecionador nacional, Joaquim Nunes, após o primeiro dia de prova.

O responsável pela equipa descreveu o período que a seleção portuguesa atravessa como “um passar de testemunho, porque temos dois jogadores muito experientes e duas caras novas, que se estrearam no ano passado.” E descreveu a organização deste Campeonato do Mundo como “o culminar de um ciclo em que organizámos três qualificações, primeiro duas europeias e depois uma mundial, e que agora termina com a primeira fase final em Portugal, que faz com que possamos ter no país alguns dos melhores jogadores do planeta.”

Esta terça-feira, a seleção portuguesa regressa aos courts da Vilamoura Tennis Academy para defrontar a Malásia, que na jornada inaugural venceu a Polónia por 2-1. A equipa malaia conta com apenas dois jogadores: Abu Samah Borhan (29.º) e Mohamad Yussuhazwan Yusoff (39.º). Já os espanhóis, defrontam os polacos.

Ainda no torneio masculino, a Argentina sobreviveu ao susto do primeiro dia e derrotou a África do Sul, por 2-1, no Grupo A. O conjunto sul-americano perdeu o primeiro encontro (vitória de Alwande Sikhosana por 6-3 e 6-1 contra Ezequiel David Casco) e contou com estrela Gustavo Fernández (numero três mundial, detentor de cinco títulos do Grand Slam e campeão do mundo em 2017 e 2019) para consumar a reviravolta: primeiro no singular, com triunfo por 6-1 e 6-1 sobre Eliphas Maripa, e depois no par, ao lado de Casco, graças aos parciais de 6-7(0), 6-2 e 10-6 perante Eliphas Maripa e Alwande Sikhosana.

No mesmo grupo, o Japão — que conta com o tenista mais credenciado da competição, Shingo Kunieda (47 títulos do Grand Slam entre singulares e pares, quatro medalhas de ouro em Jogos Paralímpicos e nove títulos de campeão do mundo) — derrotou o Brasil, por 3-0. Foi o mesmo resultado da Grã-Bretanha (que tem Alfie Hewett, detentor de 19 títulos do Grand Slam) perante o Chile e dos Países Baixos contra o Sri Lanka no Grupo B.

No torneio de juniores, Grã-Bretanha (3-0 contra a França), Austrália (2-1 frente ao Japão), Estados Unidos da América (2-1 ante o Brasil) e Países Baixos (2-1 frente à Argentina) registaram os primeiros triunfos, enquanto na prova de quad as vitórias inaugurais sorriram à África do Sul (2-1 contra o Japão), ao Brasil (3-0 frente à Grã-Bretanha) e aos EUA (2-1 perante Israel).