Teresa Portela regozijou-se hoje com o seu desempenho nos Mundiais de canoagem, que decorrem em Racice, na República checa, com duas finais em K1 e o triunfo na final B do K4 500 metros.

“Começámos mais um ciclo olímpico. Estreio-me com duas finais e um K4 que, se realmente houver uma maior aposta na equipa, pode entrar nas finais. Há esperanças de levarmos um bom conjunto aos Jogos de Tóquio [em 2020]”, disse.

Portela foi sétima classificada no sábado em K1 500 e hoje nona nos 200 metros, algo desgastada, pois, uma hora e pouco antes, juntamente com Joana Vasconcelos, Francisca Laia e Márcia Aldeias tinha vencido, de forma concludente, a final B, o que lhes valeu o 10.º lugar mundial.

“Foi uma final (200) espetacular. Tenho de estar contente por estar perto (das melhores) e, principalmente, por estas duas finais em Kl, algo que já não fazia desde 2014. Acho que mesmo com a nona posição, nunca tinha ficado tão perto. Estou contente e devo continuar a melhorar”, disse.

A canoísta lusa assume que está “bem” neste início de ciclo e confessa que foi o facto de apenas ter disputado uma prova no Rio2016 que lhe despertou ainda mais o instinto competitivo.

A atleta de Esposende revelou-se igualmente muito empenhada no êxito do K4 500 e acredita que esta tripulação merece uma aposta mais assertiva, considerando que se pode melhorar para que a este barco seja constantemente finalista, como aconteceu até 2012.

O K4 terminou mesmo a prova com melhor tempo do que as finalistas Espanha e Grã-Bretanha, o que reforça a convicção do grupo de que o lugar da tripulação seria em outra regata.

“Fizemos excelente prova do inicio ao fim, correu muito bem. Claro que acabámos com a sensação de que gostávamos mesmo muito de estar final A – e se calhar até merecíamos - faltou-nos sorte. É continuar a trabalhar e pensar no futuro”, resumiu Joana Vasconcelos.

Francisca Laia entende que “há qualidade individual” no K4 português para estar ainda mais acima na elite mundial, pelo que confia que será esse o lugar da tripulação nos próximos anos.

“É impossível não estarmos tristes por não termos entrado na final A e não estarmos contentes por fazermos três provas quase perfeitas. Temos bons indicadores para o futuro, mas queríamos a [final] A e não a atingimos”, lamentou.

Márcia Aldeias, que se estreou em Mundiais, revelou-se “satisfeita” pelo desempenho, embora algo desencantada por falhar a final: “O objetivo principal não o conseguimos, mas estar no 10.º lugar já é muito bom. Para o ano estarei na luta para me manter no barco”.