A velejadora grega Vasileia Karachaliou acredita que vai defender as cores de Portugal em Paris2024, em ILCA 6, confiando que poderá garantir já nos Mundiais de Haia a vaga olímpica e a naturalização até março.
“Quero manter as expectativas moderadas, nem muito entusiasmada nem o contrário. É o momento pelo qual todos esperaram. Tive boa preparação. Que se mantenha o trabalho consistente que tenho feito. Só assim poderei conseguir”, disse, em declarações à Lusa, sobre os Mundiais que principiam sexta-feira e decorrem até 20 de agosto.
A vice-campeã europeia garante que não vai para a prova focada em pódios ou qualificações - no seu caso garantida até ao 16.º lugar -, mas apenas mentalizada em manter o nível que tem apresentado.
“Obviamente, todos têm o mesmo pensamento e eu não fujo à regra, mas só sendo consistente no top 10 o poderei conseguir. Se tiver a melhor versão de mim, focada todo o tempo, acredito que o resultado vai falar por si próprio. Quero estar feliz comigo mesma”, vincou.
Se a parte desportiva não a preocupa muito, até porque a classe ILCA 6 tem mais três momentos de apuramento, já na burocrática espera ter a cidadania portuguesa consumada até março, a data-limite para poder representar Portugal em Paris2024, conforme o exigem a Federação Internacional de Vela (World Sailing) e o Comité Olímpico Internacional (COI).
“Estou confiante, positiva. Não tenho muita informação, mas creio no Clube Naval de Cascais que me está a apoiar e a fazer o melhor possível para ajudar neste processo. Acredito que terei a naturalização antes de março do próximo ano”, assumiu.
Em Haia, aguarda uma prova “peculiar”, uma vez que as “correntes fortes” não são tão habituais na modalidade, tornando “complicada” a missão de velejar, sobretudo quando “os ventos forem fracos”.
“Pode ser complicado, traiçoeiro. Até porque vão ser muitos barcos, com duas frotas de 60 tripulações. Ainda assim, estou realmente confiante”, sentenciou.
Vasileia, que entre setembro e novembro fará a preparação de inverno “em Vilamoura ou Cascais”, está igualmente “entusiasmada” com a formação que vai dar novamente a jovens velejadoras, com o objetivo de “melhorar o seu nível, potenciar a sua confiança”.
“Sei que posso ser um bom modelo para as jovens melhorarem nesta classe, na qual não há muitas miúdas. Adorei o que já fiz em Cascais, partilhando experiências na água, pelo que ficarei super feliz se conseguir ajudar outras a fazer o mesmo e evoluir”, concluiu.
Vasileia integra a seleção portuguesa de 15 velejadores em busca da primeira oportunidade de apuramento olímpico, numa comitiva que conta ainda com quatro atletas de vela adaptada.
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