Presente na cerimónia de apresentação do nome oficial do Grande Prémio de Portugal de MotoGP de 2020, Paulo Pinheiro, CEO do Autódromo Internacional do Algarve, fez ao SAPO Desporto o ponto de situação nos preparativos para o evento, marcado para o fim de semana de 20 a 22 de novembro.
"Negociámos a corrida em agosto e desde aí tem sido um processo muito intenso. As vendas estão a correr muito bem e os preparativos estão a correr em bom ritmo. A componente principal e que tem dado mais trabalho é a de alocação do público e de distribuição pelas bancadas, porque organizar grandes prémios nós, por norma, já fazemos, mas não nestas circunstâncias peculiares que vivemos. Essa será a parte mais importante. As regras são restritas e é a parte que mais nos preocupa, bem como a forma como comunicados isso a quem nos compra bilhetes", começou por explicar.
Quanto ao número de espectadores, o Grande Prémio de Portugal de MotoGP abrirá portas a sensivelmente metade da sua lotação. Paulo Pinheiro acrescenta que outros eventos, como o próprio Grande Prémio de Portugal de F1, agendado para finais de outubro, ajudará a que tudo corra bem em relação ao Grande Prémio de MotoGP.
"Esperamos entre 38 mil e 41 mil espectadores. Definiremos o número mais perto da data do evento, em função da realidade desse momento, mas fica perto da metade da lotação do circuito. Fizemos um pequeno teste com as SuperBikes para perceber mais ou menos como o público se comportava, depois o GP de Fórmula 1 [em outubro], será um teste mais a sério, digamos assim, porque o volume de espectadores será mais ou menos o mesmo e poderemos ver a forma como as pessoas vão chegar e como se dirigirão e comportarão na bancada. Será um excelente balão de ensaio e, depois, a MotoGP, será em teoria um processo mais simples.
Em relação ao futuro, o CEO do Autódromo Internacional do Algarve não está para já preocupado em ter ou não ter também MotoGP no circuito em 2021. "Ninguém sabe o que se vai passar para o ano. Neste momento estamos muito focados em duas corridas: uma de Fórmula 1 e outra de MotoGP, que já temos certas para este ano. Em termos organizativos e em termos comerciais, essa é agora a nossa única preocupação. Depois, com calma, trataremos do resto, que é ver se para o ano é possível voltarmos a ter connosco essas duas corridas. É, primeiro, preciso perceber o que vai acontecer aos eventos desportivos no próximo ano. Se reparar, o nosso Grande Prémio vai ser o único com quantidades de público assinaláveis. É importante perceber como tudo vai evoluir para depois começarmos a pensar mais à frente", terminou.
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