O português António Félix da Costa foi hoje o piloto mais rápido na última das duas sessões do segundo dia de treinos no circuito Ricardo Tormo, em Valência (Espanha), para a pré-temporada de Fórmula E.
Com o tempo de 1.15,586 minutos, António Félix da Costa superou toda a concorrência, nomeadamente o campeão de 2018/19 e colega de equipa na DS Techeetah, o francês Jean-Éric Vergne, que não foi além do quinto melhor registo (1.15,719). A segunda sessão de treinos ficou ainda marcada por uma simulação de corrida, constituída por 31 voltas, na qual o português terminou no segundo lugar, apenas atrás do belga Stoffel Vandoorne (Mercedes).
Já na primeira sessão da jornada desta quarta-feira, realizada durante a manhã, o português quedou-se pela sexta posição, com o registo de 1.15,557 minutos, enquanto a melhor performance entre todos os monolugares elétricos foi assinada pelo holandês Robin Frijns (Envision Virgin Racing), com 1.15,377 minutos.
Depois de ter alcançado na terça-feira o terceiro melhor registo combinado entre os 24 corredores - naquele que foi o dia inaugural de testes e o primeiro contacto oficial do luso com a sua nova equipa, a DS Techeetah, após seis anos na BMW -, o piloto de 28 anos não escondeu a sua satisfação com a impressão "muito boa" do novo monolugar.
"Estou num nível intermédio - a correr alguns riscos, mas nunca para lá do limite", começou por dizer António Félix da Costa aos jornalistas, durante as duas sessões, salientando as diferenças face ao passado: "O carro é muito semelhante por fora, mas, por dentro, é bastante diferente. Há sistemas de software distintos e o volante é completamente diferente. Ontem [terça-feira] foi o primeiro dia com o carro, vamos melhorando pouco a pouco, mas estamos muito rápidos."
Por outro lado, o piloto luso relativizou os resultados do teste e a superioridade evidenciada sobre o colega Jean-Éric Vergne neste primeiro contacto com o novo carro, preferindo concentrar as atenções no desempenho na primeira corrida da época, na Arábia Saudita.
"Conta pouco aqui. Quando for altura de acelerar, ele vai estar lá. Aqui há dois ou três sítios do circuito em que podes escolher correr mais riscos e ir mais rápido ou correr menos riscos e saber que deixámos ali um ou dois décimos", notou, acrescentando: "Se ficarmos em primeiro, quinto ou sexto aqui? Quanto mais à frente, melhor, mas não acho que vai ser isso que vai influenciar a primeira corrida. O importante, sim, é ganhar a primeira corrida."
Por sua vez, Jean-Éric Vergne também não atribuiu grande peso aos seus resultados neste segundo dia de trabalho em Valência, garantindo ter o "ritmo" necessário para atacar um terceiro título mundial consecutivo em 2019/20.
"Não há muito a dizer, estou a tentar resolver algumas coisas, por isso, foi um pouco complicado. É para isso que servem os testes. Não estou preocupado, o ritmo está lá, apesar de não o ter demonstrado nesta manhã. Só temos de trabalhar, o importante não é ser o primeiro neste teste, mas sim chegar a Riade e ser o mais rápido", observou.
O arranque da época 2019/20 está agendado para 22 e 23 de novembro, com Riade (Arábia Saudita) a acolher as duas primeiras corridas da sexta edição do Mundial de Fórmula E.
Comentários