O piloto francês Jules Bianchi (Marussia) foi hoje submetido a uma operação de urgência depois de ter ficado "gravemente ferido" num acidente no Grande Prémio do Japão de Fórmula 1, disputado com a pista muito escorregadia.

A entidade que gere a Fórmula 1, a FIA, adiantou que o piloto da Marussia, de 25 anos, foi levado de urgência, e inconsciente, para um hospital local depois de ter sofrido "ferimentos graves na cabeça".

O monolugar de Bianchi chocou contra um veículo que estava na pista a tentar remover o carro do alemão Adrian Sutil (Sauber), em posição perigosa depois de ter perdido o controlo e embatido num muro na volta n.º42.

"A TAC que fizeram [a Bianchi] mostra que ele tem uma lesão grave na cabeça e por isso está a ser operado. Depois segue para os cuidados intensivos, onde será monitorizado", declarou um porta-voz da FIA, Matteo Bonciani.

O pai de Bianchi, Phillipe, confirmou também à cadeia francesa France 3 que o seu filho está "gravemente ferido"

"O Jules está gravemente ferido. Vamos ter de esperar 24 horas para saber mais sobre a sua situação", salientou.

O Grande Prémio de Fórmula 1 foi disputado em condições climatéricas muito adversas. Além de a própria realização da corrida ter estado em risco devido a um aviso de tufão, a prova começou com um “safety car” em pista e com os pilotos a queixarem-se às equipas pelo rádio que não conseguiam ver nada devido ao spray levantado pelas rodas dos carros que os precediam.

O britânico Lewis Hamilton, que haveria de ganhar a corrida, partiu da segunda posição, atrás do colega de equipa Nico Rosberg, e a certo ponto disse pela rádio: "Digam ao Nico para não fazer nada dramático porque não o consigo ver".

A Fórmula 1 reforçou fortemente, nos últimos anos, as medidas de segurança nos circuitos e tem estado livre de acidentes mortais. A última morte em pista foi a do brasileiro Ayrton Senna, em 1994, no Grande Prémio de São Marino.