O piloto português Bruno Magalhães (Skoda Fabia R5) procura na República Checa o regresso à liderança do Campeonato Europeu de Ralis (ERC), quando faltam apenas três provas para o final da temporada.
O rali de Zlín, entre sexta e domingo, é a sexta das oito provas do calendário 2017 do ERC, que Bruno Magalhães classifica de "difícil para todos os pilotos", disputado num piso de asfalto "velho, com pouca aderência e muito irregular".
Apesar de ser a sua segunda presença na República Checa, o piloto português, que discute a liderança do ERC com o polaco Kajetan Kajetanowicz (Ford Fiesta R5), diz que "este é um rali muito diferente do de 2014", e acrescenta: "É um rali com muitos pilotos locais a participar, e que conhecem muito bem os troços, mas acredito que temos condições para somar pontos que serão importantes para o campeonato."
Kajetanowicz chega à República Checa na frente do campeonato com um total de 128 pontos, contra os 83 do piloto português, mas o polaco, de acordo com os regulamentos, vai ter que `deitar fora´ um resultado, já que tem pontuações em todas as provas já realizadas esta temporada, e o regulamento apenas permite seis para as contas finais, ao contrário do português, que ficou `em branco´ no Chipre. Contas feitas, a diferença `real´ é de apenas dois pontos, o que dá uma motivação extra a Bruno Magalhães, que pretende reassumir neste rali a liderança perdida na Polónia.
"Este é mais um rali em asfalto, mas a experiência que tivemos na Polónia e as alterações que ARC fez no carro dão-nos esperança de poder fazer um bom rali e somar os pontos que pretendemos", diz o piloto luso.
Depois da República Checa, o ERC ruma para Itália, entre 15 e 17 de setembro, e fecha na gravilha do rali da Letónia, de 6 a 8 de outubro, provas nas quais Bruno Magalhães pretende marcar presença, qualquer que seja o resultado no Rally Zlín.
"Itália era uma prova que queria muito fazer", diz o piloto, deixando em aberto a presença na Letónia se estiver ainda na luta pelo título. Tudo dependerá, lembra, "dos apoios que consiga", numa altura em que continua a angariar patrocínios que lhe permitam competir em todas as provas do ERC.
A equipa acredita que a visibilidade que a participação de Bruno Magalhães tem tido no campeonato vai ajudar a reunir os apoios necessários, não só de empresas portuguesas que continuam a acreditar no potencial do piloto, e no retorno financeiro que conseguem, como de empresas estrangeiras, destacando-se os gregos da Seajets, que desde o Rali da Acrópole são o principal patrocinador.
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