O piloto espanhol Carlos Sainz considerou ser “um orgulho” fazer parte da lista de desportistas distinguidos com o prémio Princesa das Astúrias para o desporto, com que hoje foi galardoado.
“É para mim um grande orgulho e satisfação receber o prémio Princesa das Astúrias e, deste modo, fazer parte dessa admirável lista de premiados”, disse o piloto espanhol, em declarações divulgadas pela Fundação Princesa das Astúrias.
Carlos Sainz Cenamor nasceu em Madrid, em 12 de abril de 1962 e começou no mundo dos ralis em 1980, depois de ter sido campeão de squash de Espanha em 1979.
Em 1981, ganhou o seu primeiro prémio, a Seat Panda Rally Cup, e a Renault Initiation Cup (circuitos) e, depois de abandonar a faculdade de Direito onde estudava, decidiu dedicar-se ao desporto automóvel como profissional.
Carlos Sainz foi campeão do Mundo de ralis em 1990 e 1992 e vice-campeão em quatro ocasiões.
Em 2010, tornou-se no primeiro espanhol a ganhar o Dakar na categoria de automóvel, título que foi revalidado em 2018 e 2020, ano no qual se tornou, aos 57 anos, o piloto mais velho a vencer a mítica prova de todo-o-terreno.
Com uma carreira que se estende por mais de três décadas no topo do automobilismo mundial, Sainz marcou uma época ao tornar-se no primeiro piloto não nórdico a vencer os ralis da Suécia e da Finlândia.
Cada prémio Princesa das Astúrias consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró – símbolo que representa o galardão -, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia, que nos anos anteriores foi entregue numa cerimónia solene presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, no teatro Campoamor, em Oviedo.
O prémio para os Desportos foi atribuído em 2019 à ex-esquiadora norte-americana Lindsey Vonn e em edições anteriores aos ‘All Blacks’, a seleção neozelandesa de râguebi (2017), Iker Casillas e Xavi Hernández (2012), seleção espanhola de futebol (2010), Rafael Nadal (2008), Michael Schumacher (2007), seleção brasileira de futebol (2002), Steffi Graf (1999) e Carl Lewis (1996), entre outros.
O galardão para os Desportos distingue “as trajetórias que, através da promoção, desenvolvimento e aperfeiçoamento do desporto, e através da solidariedade e do empenho, se converteram num exemplo das possibilidades que a prática desportiva implica para benefício dos seres humanos”.
Em termos mais gerais, os prémios Princesa das Astúrias distinguem o “trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário” realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.
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