A entidade detentora dos direitos comerciais da Fórmula 1 (FOM) acusou a organização do Grande Prémio da Coreia do Sul de quebra de contrato, revelaram hoje os responsáveis sul-coreanos da corrida.

A FOM (Formula One Management) enviou uma notificação aos responsáveis do Grande Prémio, avisando-os de que o facto de não terem uma nota bancária de crédito para a organização do Grande Prémio em 2015 constitui “uma infração grave” ao contrato.

A Coreia do Sul renunciou à organização da corrida em 2014 e em janeiro anunciou a sua retirada do calendário de 2015, alegando problemas financeiros relacionados com a organização da competição.

“Temos a intenção de nos reunirmos em Londres para discutir com a FOM”, liderada por Bernie Ecclestone, referiram os responsáveis da organização sul-coreana à agência AFP.

De acordo com a imprensa, a penalização por falhar a organização de um Grande Prémio pode chegar aos 86 milhões de dólares (cerca de 76 milhões de euros), o dobro da taxa anual que pagariam para receber a Fórmula 1.

“Não podemos revelar a multa exigida pela FOM”, disse ainda um responsável sul-coreano, dizendo apenas que é uma fração desse valor.

O primeiro Grande Prémio de Fórmula 1 na Coreia do Sul realizou-se em 2010, em Yeongam.

O contrato previa que o país continuasse a receber corridas até 2016, com opção de renovação, mas as avultadas perdas de 138 milhões de euros nas primeiras edições levaram a que a prova não se realizasse já em 2014.