O corpo do motociclista português Luís Carreira, que morreu na quinta-feira devido a um despiste no Grande Prémio de Macau, será trasladado esta semana para Portugal, disse à agência Lusa fonte da organização do evento.

«Uma vez que a família de Luís Carreira não requereu autópsia, Macau não a irá fazer», explicou uma porta-voz da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, ao salientar que o corpo do piloto «deverá chegar a Portugal esta semana».

A mesma fonte referiu que a organização está a «tentar que o corpo do piloto chegue a Portugal no fim de semana», salientando que «todas as formalidades estão a ser tratadas para isso».

Luís Carreira, de 35 anos, morreu na quinta-feira na sequência de um despiste durante a primeira qualificação da prova de motos do Grande Prémio de Macau, na curva dos Pescadores, na zona mais rápida do circuito da Guia.

O piloto da Bennimoto/Raider/Cetelem participava pela sétima vez no Grande Prémio de Macau e na primeira sessão de treinos livres, na manhã de quinta-feira, tinha conseguido o quinto melhor tempo ao volante da sua Suzuki 1000, de 2.34,242 minutos.

A edição deste ano do Grande Prémio de Macau foi uma das mais trágicas de sempre, já que foi a primeira vez que foram registadas mortes de pilotos nas provas de carros e motos no mesmo ano.

Além de Luís Carreira, também o piloto Phillip Yau, de Hong Kong, de 40 anos, perdeu a vida em Macau depois de, aos comandos de um Chevrolet Cruze, se ter despistado na sexta-feira a mais de 200 quilómetros por hora no circuito urbano da Guia, de 6,1 quilómetros, sem grandes escapatórias, tendo embatido contra uma parede.

O piloto italiano Stefano Bonetti, que competia na mesma prova que Luís Carreira, sofreu um grave acidente, também na quinta-feira, antes da morte do piloto português, permanecendo internado em Macau.

Bonetti, de 37 anos, sofreu várias fraturas, «foi operado, encontrando-se consciente e em situação estável e muito em breve deverá ter alta», disse à Lusa fonte da organização.