Os organizadores do Grande Prémio da Grã-Bretanha de Fórmula 1 disseram hoje que estão prontos para realizar duas corridas consecutivas para incentivar o regresso da competição, suspensa e comprometida pelo novo coronavírus, uma possibilidade também em análise na Áustria.

Nove das 22 corridas do calendário da temporada de 2020 já foram canceladas (Austrália e Mónaco) ou adiadas indefinidamente (Bahrain, China, Vietname, Países Baixos, Espanha, Azerbaijão e Canadá) devido à pandemia da covid-19.

O Grande Prémio da França, marcado para 28 de junho, é agora o primeiro da presente época, mas a sua realização na data prevista é ainda uma incerteza.

Na Áustria, que recebe o ‘circo’ da Fórmula 1 em 05 de julho, os organizadores estão também recetivos a organizar dois GP consecutivos, o segundo nos dias da semana, de acordo com um dos executivos da escuderia Red Bull, Helmut Marko.

Um pedido para organizar uma corrida sem a presença de público no circuito de Spielberg também foi enviado ao Governo austríaco, com uma hipótese “muito alta” de ser aprovado, disse ainda Helmut Marco, em declarações ao canal televisivo ORF.

A Áustria foi um dos primeiros países europeus a atenuar algumas restrições para combater a pandemia do novo coronavírus.

O diretor do circuito de Silverstone, Stuart Pringle, também disse ao jornal The Guardian que estava a ser debatido com os chefes das equipas de Fórmula 1 a possibilidade de realizar dois GP consecutivos na pista britânica.

O GP da Grã-Bretanha, em Silverstone, está programado para 19 de julho e provavelmente ocorrerá sem a presença de espetadores.

O diretor desportivo da Fórmula 1, Ross Brawn, disse que a temporada pode começar em julho na Europa, provavelmente com “um evento à porta fechada”, durante uma entrevista na quarta-feira à Sky Sports.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 164 mil mortos e infetou mais de 2,3 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 525 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 714 pessoas das 20.206 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.