Os organizadores do Grande Prémio da Áustria de Fórmula 1, que marcará o regresso da competição após o adiamento devido à pandemia da COVID-19, revelaram hoje que planeiam realizar entre 10 e 12 mil testes ao novo coronavírus.

A empresa responsável (Eurofins Genomics) pela realização dos testes abriu hoje as duas primeiras instalações em Spielberg, no sul da Áustria, local onde vão decorrer as duas primeiras jornadas da temporada, em 05 e 12 de julho, e, até essa data, são esperadas mais 18 infraestruturas desse tipo.

“Todas as pessoas que trabalharem na zona vermelha, na zona na pista ou junto à pista, devem apresentar um resultado negativo à COVID-19 a quatro dias de ter acesso ao local. São cerca de 3.000 pessoas. As restantes terão que fazer um teste de cinco em cinco dias”, disse Sigfried Schnabl, representante da Eurofins Genomics, à imprensa austríaca.

As amostras serão transportadas duas vezes por dia para um laboratório em Munique, na Alemanha, e os resultados estarão disponíveis entre 16 a 24 horas mais tarde, de forma confidencial.

A empresa multinacional especializada em análises de ADN, venceu o concurso da FIA para a realização dos testes da COVID-19 e ficará também responsável por esta situação no GP da Hungria, em 19 de julho.

Para já, as primeiras corridas não terão público nas bancadas, mas o patrão da F1, o norte-americano Chase Carey, espera que "nos próximos meses a situação permita o regresso dos adeptos, desde que seja seguro".

O início do Mundial de F1 estava previsto para o dia 15 de março, na Austrália, mas a prova foi cancelada devido à COVID-19. Ao todo, já foram canceladas ou adiadas 10 das 22 corridas da temporada.

A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 472 mil mortos e infetou mais de 9,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.