Um responsável da Red Bull admitiu hoje que propôs aos pilotos da marca austríaca, que participa no Mundial de Fórmula 1, uma estratégia de infeção voluntária de covid-19, com o objetivo de ficarem imunes no início da temporada.
Helmut Marko fez a revelação à televisão austríaca ORF no passado domingo, explicando que a ideia passava por colocar os pilotos Max Verstappen, Alexander Albon, Pierre Gasly e Daniil Kvyat num "acampamento para que fossem infetados", acrescentando que a proposta "não foi bem recebida".
"Eles [pilotos] são jovens e estão com excelente saúde e, assim, estariam prontos para quando a temporada começasse", justificou o austríaco.
A temporada de 2020 tinha previstas 22 provas, mas, dada a rápida propagação do novo coronavírus, o calendário teve de ser revisto para 15 a 18 corridas, sendo que não deverá ter início antes de 14 de junho, data prevista para o Grande Prémi do Canadá, em Montreal.
O Grande Prémio da Austrália, primeira ronda do calendário, foi cancelado no dia em que deveriam desenrolar-se os treinos livres. China, Bahrain, Vietname, Países Baixos e Espanha também adiaram as suas provas para datas posteriores, enquanto o Mónaco cancelou definitivamente a sua histórica prova.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, registaram-se 140 mortes e 6.408 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.
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