O holandês Max Verstappen (Red Bull) assumiu a satisfação pelo seu melhor arranque de sempre no campeonato, realçando que só com o carro mais rápido poderá bater o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) e chegar ao título mundial de Fórmula 1.
“É uma época muito longa para falar disso [do título mundial], muita coisa pode mudar, mas tem sido um começo muito positivo e estou muito contente com isso. Temos de continuar a melhorar e a trabalhar arduamente para assegurar que vai ser assim até ao fim, é a primeira vez que começo um campeonato assim”, afirmou Verstappen, num encontro virtual com jornalistas portugueses.
O holandês, de 23 anos, que cumpre a sua sétima temporada na Fórmula 1, vai chegar ao Grande Prémio de Portugal, em Portimão, no domingo, para a terceira prova do campeonato na segunda posição, a um ponto de Hamilton, após o segundo lugar no Bahrain e a vitória em Imola.
“Podemos construir a partir daqui. O ritmo do Lewis [Hamilton] foi muito semelhante ao meu. As diferenças que tivemos em Imola não vão ser as de Portimão, isso é uma certeza. Espero uma luta renhida em todas as corridas”, vincou Verstappen, terceiro classificado nos Mundiais de 2019 e 2020.
Em Imola, o holandês tomou a dianteira da corrida após o arranque, depois de partir da terceira posição, tendo arrancado em segunda velocidade.
“Sim, mas há muita gente que faz isso em chuva. Falámos muito sobre os motores e arrancar em segunda dá uma menor rotação, o Lewis também fez isso e nós já fazemos isso há alguns anos. Estou muito contente por ter conseguido um bom arranque, mas não acho que tenha sido a mudança a chave para o conseguir”, recordou.
Depois desse arranque, Verstappen dominou praticamente toda a corrida e só a recuperação de Hamilton até ao segundo lugar, conseguindo o ponto de bónus com a volta mais rápida, evitou a estreia do holandês na liderança do Mundial.
“É uma época muito longa, não presto muita atenção a isso, só preciso de dar o meu melhor em cada Grande Prémio e é nisso que tenho de me concentrar”, desvalorizou, reconhecendo que, este ano, o Red Bull está mais competitivo, “mais próximo” da Mercedes.
E o fabricante alemão, com Hamilton e o finlandês Valtteri Bottas, é o rival da equipa austríaca, que conta esta temporada com o mexicano Sergio Pérez.
“Cada corrida é diferente, foi o caso em Imola [de ter vencido], mas não foi no Bahrain. Acho que vai ser sempre uma luta entre quatro carros e vai depender de quem estiver mais rápido em cada pista”, explicou Verstappen.
Para o holandês, a presença de Pérez pode ser benéfica, mas não crucial para alcançar o seu primeiro título mundial.
“Penso que, no fim, só temos de ter o carro mais rápido. Isso é o mais importante, ser campeão não depende do meu companheiro de equipa, mas sim de ter o carro mais rápido para, sobretudo, estar à frente do Lewis”, vincou o holandês na conferência de imprensa virtual promovida pelo portal de venda de automóveis usados CarNext.
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