O piloto português António Félix da Costa (DS Techeetah), que se sagrou campeão mundial de Fórmula E, competição para carros elétricos, manifestou no sábado vontade em “bater todos os recordes” e voltar a conquistar o troféu.
“Há muitos atletas, ganhar uma vez é difícil, mas continuar lá e ganhar é ainda mais difícil. Vai ser essa motivação que me vai fazer continuar lá, bater todos os recordes”, afirmou António Félix da Costa, à chegada ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde foi recebido no sábado à noite em festa por algumas dezenas de familiares e amigos.
A empunhar o troféu, e após ser entoado o hino nacional, o piloto falou aos jornalistas e agradeceu o apoio que sentiu vindo de Portugal.
“Senti um apoio incrível de Portugal nestes últimos dias, não só no dia em que ganhei, mas em toda esta última caminhada”, frisou, acrescentando: “Todo este trabalho e conquistas são muito importantes para mim. Ver que deixo tanta gente contente é uma das melhores sensações do mundo”.
António Félix da Costa, de 28 anos, confessou que, quando cruzou a meta, sentiu que “devia estar mais contente” e que só na volta de entrada para a ‘box’ é que começou “a olhar para trás e a sentir que foi um título muito importante”, não só para ele, mas “para muita gente”.
“Parámos o campeonato [devido à pandemia de covid-19] quando estava à frente, senti muita pressão e, depois, esta ida para Berlim onde se ia decidir tudo. Deixa-me muito contente ganhar e deixar outras pessoas contentes”, sublinhou.
O piloto de Cascais, que saiu da BMW para correr pela DS Techeetah, lembrou essa troca e revelou estar “muito contente" por a mudança "ter resultado”, naquela que considerou ser “a oportunidade da carreira”.
“Só as derrotas é que nos conseguem preparar para as vitórias. Tentei mesmo conseguir isto com a BMW. Quando esta oportunidade de me juntar à DS Techeetah surgiu, senti que era a oportunidade da minha carreira, agarrei-a com todas as minhas forças e fico muito contente por ter resultado”, expressou o piloto.
Félix da Costa garantiu o título depois de ter sido segundo classificado na oitava jornada da competição, em Berlim, Alemanha, quando faltavam duas corridas para o final do campeonato, com a DS Techeetah a festejar também o triunfo no campeonato de equipas.
O português terminou, assim, o campeonato na primeira posição, com 158 pontos. Stoffel Vandoorne (Mercedes) terminou em segundo, com 87, um ponto acima do anterior campeão e colega de equipa de Félix da Costa, o francês Jean-Eric Vergne (DS Techeetah).
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