Valtteri Bottas, atual líder do Mundial de Fórmula 1 com um ponto de vantagem sobre o seu companheiro da Mercedes, Lewis Hamilton, confirmou nesta sexta-feira o bom momento de forma, realizando o melhor tempo da segunda sessão de treinos livres do Grande Prémio da China.
No circuito de Xangai, onde vai ser realizada a milésima corrida da história da Fórmula 1, o finlandês deu 37 voltas e com um tempo de 1 minuto, 33 segundos e 330 milésimos superou em 27 milésimos o Ferrari de Sebastien Vettel, que tinha obtido o melhor tempo da primeira sessão de treinos livres pouco antes.
Max Verstappen (Red Bull) foi terceiro nesta segunda sessão, à frente de Lewis Hamilton (Mercedes) e Nico Hülkenberg (Renault).
"A jornada terminou bem, estamos em primeiro em termos de tempos, mas continua a ser difícil encontrar um equilíbrio sobre o conjunto de uma volta de pista. Conseguimos pouco a pouco e no final o carro estava bem. Mas ainda é sexta-feira e são as duas próximas jornadas as que contam", disse Bottas.
"A Ferrari parece ainda mais rápida do que nós nas retas, mas fomos melhores na segunda sessão na maior parte das curvas", acrescentou o finlandês.
Vettel (Ferrari) tinha realizado o melhor tempo na primeira sessão, com um tempo de 1:33.911, ficando à frente de Lewis Hamilton e do seu companheiro da Ferrari, Charles Leclerc.
"No geral estou contente, mas acho que o carro pode render muito mais, assim como eu. Esperava que os Mercedes estivessem fortes mas o facto de que estamos próximos é um bom sinal", resumiu Vettel.
Estas sessões de treinos livres têm como objetivo ajustar os carros com vistas à sessão de treinos de classificação de sábado e à corrida de domingo.
Charles Leclerc (Ferrari), herói do Grande Prémio de Bahrein, teve que entrar nos boxes durante a segunda sessão devido a um problema mecânico, sem poder voltar a partir. Como consequência, o monegasco só pôde realizar o sétimo melhor tempo a mais de 8 décimos de segundo de Bottas.
Duelo Mercedes contra Ferrari
O duelo entre os Mercedes e os Ferrari parece continuar na China, com as duas escuderias muito próximas em relação aos seus tempos.
No Bahrein, foi uma falha mecânica que obrigou Charles Leclerc a ceder a liderança da corrida a Lewis Hamilton, enquanto que Vettel cometeu um erro de pilotagem ao ser ultrapassado pelo britânico.
Isso permitiu a este último e a Bottas, vencedor da primeira prova da temporada na Austrália, realizar uma dobradinha, com Leclerc a terminar em terceiro e Vettel em quinto.
Max Verstappen pode entrar na luta com o seu Red Bull. Atualmente terceiro do Mundial com 27 pontos, o jovem holandês tem um ponto de vantagem sobre Sebastian Vettel e cinco sobre Charles Leclerc, embora tenha 17 pontos a menos do que Bottas.
A Red Bull venceu na China no ano passado, com Daniel Ricciardo, que hoje está na Renault. Os Red Bull não estão equipados com um motor da marca francesa, mas da japonesa Honda, que ainda precisa de mostrar que pode rivalizar com a potência dos Mercedes e dos Ferrari.
Mas Verstappen assustou-se no final da segunda sessão, declarando por rádio à sua equipa que "há algo que não funciona", e acrescentou que "tenho a impressão de que o carro está partido".
Os mecânicos da Red Bull têm até a terceira sessão de treinos livres, no sábado, antes dos treinos de qualificação, para identificar o problema.
A segunda sessão de treinos livres foi também marcada por um incêndio no carro do piloto tailandês Alexander Albon, da Toro Rosso, no momento em que entrava nos boxes quando terminou a sessão.
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