O finlandês Valtteri Bottas (Mercedes) é o primeiro líder do Mundial de Fórmula 1 depois de vencer o Grande Prémio da Austrália e efetuar a volta mais rápida, que dá este ano um ponto extra.
Bottas, que largou da segunda posição, ultrapassou o seu companheiro de equipa e pentacampeão mundial, o britânico Lewis Hamilton, logo no arranque e não mais cedeu o comando.
"No início era para gerir a corrida e alargar a vantagem. Ao fim de sete voltas a margem foi-se dilatando. Depois, era estar ao meu melhor nível com o carro. Quando estás inspirado, torna-se fácil", sublinhou o piloto finlandês, já no pódio.
O domínio de Bottas, mais do que evidente, foi surpreendente até para o próprio. Para além de ter terminado a corrida com 1:25.27,325 horas, menos 20,886 segundos do que Lewis Hamilton, que foi segundo, uma diferença que nunca existiu no campeonato de 2018, ainda fez a melhor volta (na 57.ª das 58 que compuseram o GP), com 1.25,580 minutos, apesar dos apelos à calma por parte dos engenheiros, que pediam para que poupasse os pneus.
Mas uma das alterações aos regulamentos deste ano é o facto de o mais rápido do dia somar um ponto extra para o campeonato.
"Não sei o que dizer. O arranque foi muito bom. Não sei o que aconteceu. O carro estava muito bom e estou muito satisfeito", disse Bottas.
Hamilton, que tinha dominado a qualificação, não só nunca conseguiu fazer frente ao companheiro de equipa como ainda terminou pressionado pelo holandês Max Verstappen (Red Bull). "Foi um grande fim de semana para a equipa. Ele [Bottas] fez uma corrida incrível e um bom arranque. Eu tive um bom fim de semana até ao momento da partida", declarou o campeão, visivelmente insatisfeito.
Verstappen não só demonstrou que os motores Honda deram um enorme salto qualitativo esta temporada como pode participar na luta pelo título. Bateu os dois Ferrari e não deixou Hamilton respirar até à bandeirada de xadrez, apesar de uma pequena incursão pela relva que o atrasou na perseguição ao segundo lugar. "Tinha de tentar, mas julgo que não alterou o resultado final", comentou o holandês.
Batidos em toda a linha foram a Ferrari e, em especial, o alemão Sebastian Vettel. Os dois pilotos da Scuderia terminaram em quarto e quinto lugar, a quase um minuto do vencedor.
Vettel foi quarto, a 57,109 segundos, mas terminou pressionado pelo seu companheiro de equipa, o monegasco Charles Leclerc. O piloto mais novo de sempre a chegar à equipa italiana, com apenas 21 anos, levantou o pé nas últimas três voltas após indicação da equipa, cruzando a meta a 58,230 segundos do vencedor.
Esta foi a quarta vitória de Valtteri Bottas na Fórmula 1, a primeira desde a prova de encerramento da época de 2017, em Abu Dhabi, nos Emiratos Árabes Unidos.
O próximo Grande Prémio é no dia 31 de março, no Barém.
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