A nova temporada da Fórmula 1 está prestes a arrancar e as equipas preparam-se para um ano com muitas mudanças nas corridas. A começar pela grelha de partida, onde as mulheres deixaram de estar, e passando por um novo sistema que pode vir a ser adoptado a seguir à exibição de uma bandeira vermelha.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) está a testar em Barcelona, Espanha, um sistema de ‘relargadas’ a meio da prova depois de uma situação de bandeira vermelha.
Este sistema, porém, está a gerar algumas críticas, especialmente por parte dos pilotos. Romain Grosjean, da Hass, considera que estas ‘novas partidas’ podem transformar-se em “carnificinas”.

“Em borracha fria, o carro era incontrolável. Tenho preocupações quanto à segurança. O reinício pode ser um caos e perigoso. Para mim pode ser uma carnificina”, afirmou o piloto francês.

Este sistema de ‘relargadas’ está a ser testado para entrar em ação depois de uma corrida ter sido interrompida por uma situação de bandeira vermelha. Na altura da formação da nova grelha de partida, os pilotos vão poder optar por escolher entre manter os pneus utilizados desde o início da corrida ou trocá-los por uns novos. Essa possibilidade pode significar vários carros em pista com pneus diferentes em termos de aderência.

Grosjean disse que esta troca de pneus usados para novos pode significar a perda de 25 segundos na primeira volta, sendo que a perda começa logo no arranque.

“Quando recomeçamos é como se estiver a chover com slicks. Sempre que se mete uma mudança acima as rodas de trás patinam, sempre que se mete uma abaixo bloqueiam.”

Por outro lado, o espanhol Fernando Alonso não se mostrou preocupado com esta alteração.
"Não vejo nenhum problema", disse o piloto espanhol da Mclaren, acrescentando: "É claro que, quando a pista estiver fria, teremos que nos concentrar mais no aquecimento dos pneus, mas é o mesmo para todos".