O português José Pedro Fontes (Citroen DS3 R5) defendeu hoje o regresso do Rali de Portugal ao calendário do campeonato nacional, do qual é o atual detentor do título.

Número 82 na lista de inscritos, José Pedro Fontes acabou por beneficiar da decisão da Federação Internacional do Automóvel (FIA) e do Automóvel Clube de Portugal (organização) em permitir que parta logo atrás dos pilotos inscritos no WRC2, na posição 35.

O campeão nacional considera "justa" a decisão, e "uma forma de reconhecer que os principais pilotos nacionais devem estar em posição de contribuir para o espetáculo".

José Pedro Fontes lamenta, no entanto, que a prova continue fora do calendário nacional, considerando que "não faz sentido, até porque a federação, se quer um campeonato nivelado por cima, em termos de qualidade, tem de incluir o Rai de Portugal nas provas pontuáveis".

"Se Madeira e Açores pontuam, por que razão o Rali de Portugal não?", questionou. A fórmula, segundo o piloto, poderia passar por "serem os dois dias primeiros dias a contar para o campeonato e depois, quem quisesse fazer o terceiro dia fazia, e quem não quisesse parava".

Quanto à sua participação na prova este ano, o objetivo passa "por tentar ser o melhor português e, se possível, terminar entre os 20 primeiros", apesar de garantir que vai manter um andamento "cauteloso”.

“Na próxima quarta-feira temos de embarcar o carro para o Rali dos Açores e não quero correr risco de não estar na prova, porque o objetivo principal é o campeonato nacional", explicou.

A 50.ª edição do Rali de Portugal terá 368 quilómetros cronometrados divididos por 19 classificativas, mais três do que no ano passado, apresentando como grande novidade a 'Porto Street Stage', uma especial-espetáculo de 1,85 km no centro da 'Invicta' a percorrer duas vezes no final do segundo dia.

A prova começa hoje com a superespecial de Lousada e desloca-se no dia seguinte para o Alto Minho, onde os pilotos terão de cumprir duas passagens nos troços de Ponte de Lima, Caminha e Viana do Castelo, antes da 'Porto Street Stage' ao início da noite.

No sábado, o 'palco' será a zona do Marão, com duplas passagens nas especiais de Baião, Marão e Amarante - a mais longa da prova, com 37,67 km. Para o último dia, há mais quatro classificativas, repartidas pelos troços de Fafe, com o seu emblemático salto, e Vieira do Minho.