O circuito de Sepang, na Malásia, acordou hoje alargar o MotoGP até pelo menos 2021, depois de notícias de que poderia suspender as corridas de Fórumla 1 (F1).
O atual contrato expira este ano.
“Estou feliz de anunciar que assinámos uma extensão por cinco anos, que termina em 2021”, disse o presidente do Circuito Internacional de Sepang, Azman Yahya, em conferência de imprensa.
“Vamos continuar com o MotoGP nos próximos cinco anos e achamos que vamos ter uma resposta ainda mais positiva do público malaio”, afirmou.
Sepang acolhe o Grande Prémio da Malásia de motociclismo desde que o circuito abriu em 1999.
A pista espera um número recorde de 90 mil espetadores para o grande prémio de domingo, mais que os 85 mil do ano passado.
No entanto, no início da semana, o diretor executivo do circuito, Razlan Razali, disse que a organização estava a ponderar suspender a corrida de Fórmula 1 após 2018, devido aos custos elevados, reduzida venda de bilhetes e competição de outros locais.
“Os locais não estão a comprar bilhetes para ver a F1”, disse na altura à agência AFP Razlan Razali.
“Se não há valor económico, porque havemos de continuar? É melhor fazermos uma pausa temporária”, disse.
De acordo com dados oficiais, a F1 perdeu 200 milhões de espetadores televisivos globalmente desde 2008.
Segundo Razlan, Sepang, que pode acolher 120 mil pessoas, atraiu apenas 45 mil na corrida do mês passado, e as audiências televisivas foram também fracas.
Acolher a F1 “é muito caro”, indicou.
Em comentários no Twitter, o ministro do Desporto Khairy Jamaluddin disse que a competição de outros locais fora da Malásia estava também a ter impacto negativo.
“Quando organizámos pela primeira vez a F1 foi uma grande coisa. Foi o primeiro local na Ásia, fora do Japão. Agora há tantos locais. Não há vantagem em termos sido os primeiros. Não é uma novidade”, afirmou.
“A venda de bilhetes de F1 está a cair, as audiências televisivas estão a descer. Os visitantes estrangeiros são menos porque podem escolher Singapura, China, Médio Oriente. Os lucros não são assim tão grandes. Acho que devemos parar de acolher a F1. Pelo menos durante algum tempo. Custa demasiado, o retorno é limitado”, acrescentou.
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