O espanhol Marc Márquez (Honda) disse este domingo que também respeitaria as ordens da equipa como fez o compatriota Jorge Lorenzo, que hoje cedeu a liderança do Grande Prémio da Malásia de MotoGP ao companheiro da Ducati Andrea Dovizioso.

O italiano venceu em Sepang, onde assumiu a liderança da corrida da principal categoria do motociclismo de velocidade a quatro voltas do final, após a Ducati dar a Lorenzo, que liderava, a indicação: “sugerimos mapa oito”.

O triunfo de Dovizioso e o quarto lugar de Márquez relegaram a decisão do título mundial para a derradeira prova do campeonato, a disputar em Valência, em 12 de novembro, necessitando o italiano de vencer a corrida e que o catalão fique abaixo do 12.º lugar – em caso de igualdade, o italiano terá vantagem, por ter mais um triunfo.

“Às vezes sobram-nos palavras, às vezes dentro de uma equipa falam-se coisas, mas no fim são companheiros de equipa, companheiros de um campeonato, pelo que no final é perfeitamente normal, são coisas que nos custam a aceitar na corrida, mas que fazem parte do nosso trabalho”, admitiu Márquez.

No entanto, o líder do Mundial de pilotos, que persegue o seu quarto título, o segundo consecutivo, reconhece a sua vantagem nesta disputa perante Dovizioso.

“A sorte que tenho é que não dependo de ninguém e também foi visível que as duas Ducati estavam mais rápidas do que nós neste circuito e que nem arriscando as conseguiria alcançar (…), acabei por ficar distante, mas depois entendi que era praticamente igual chegar com 24 ou 21 pontos, o que muda é que o Dovizioso tem de vencer”, explicou o catalão.

Márquez terminou o Grande Prémio da Malásia atrás de Lorenzo, segundo, e do francês Johann Zarco (Yamaha), terceiro.