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O piloto espanhol já soma cinco vitórias em outras tantas provas disputadas.
O espanhol Marc Márquez (Honda), campeão do Mundo de MotoGP, manteve hoje o “pleno” de vitórias no Mundial de motociclismo de velocidade de 2014, ao impor-se no Grande Prémio de França, quinta prova do campeonato.
Márquez, que tinha partido da “pole position”, cumpriu as 28 voltas ao circuito de Le Mans, em 44.03,925 minutos, impondo-se ao italiano Valentino Rossi (Yamaha) e ao compatriota Álvaro Bautista (Honda), segundo e terceiros classificados, a 1,486 e 3,144 segundos, respetivamente.
Para igualar o feito de vencer as cinco primeiras corridas da temporada do italiano Giacomo Agostini em 1972, que no ano anterior tinha vencido as oito primeiras provas, Márquez teve de recuperar 10 posições, até assumir a liderança na 13.ª volta.
O detentor do título e líder do Mundial repetiu, aos 21 anos a proeza do australiano Michael Doohan, que em 1997 venceu cinco vezes seguidas a partir da “pole position”, e tornou-se também hoje no mais jovem piloto a vencer cinco corridas consecutivas na categoria “rainha”, ao superar o registo do britânico Mike Hailwood, que remontava a 1962, quando, aos 22 anos e 160 dias.
Na classificação de pilotos, Márquez soma 125 pontos, mais 42 do que o compatriota Dani Pedrosa (Honda), que hoje terminou no quinto lugar, e mais 44 do que Rossi.
Em Moto2, o finlandês Mika Kallio (Kalex) foi o mais rápido em Le Mans, aproximando-se do líder do campeonato, o espanhol Esteve Rabat (Kalex), que foi terceiro na corrida, atrás do italiano Simone Corsi, segundo classificado, enquanto o australiano Jack Miller (KTM) venceu em Moto3.
O português Miguel Oliveira (Mahindra), o primeiro português a subir ao pódio no Campeonato do Mundo de motociclismo de velocidade, concluiu a corrida no 12.º lugar, a 14,504 segundos do vencedor.
“A Mahindra não é uma moto fácil de guiar, é sensível em vários aspetos, o travão motor é um calcanhar de Aquiles e, quando está vento, as dificuldades são acrescidas. Se não tiver um cone de ar que ajude nas retas, torna-se impossível estar na frente”, afirmou o piloto natural de Almada, admitindo que “apenas foi possível por beneficiar de algumas desistências.”
Miguel Oliveira foi hoje relegado para a 13.ª posição da classificação de pilotos, que é liderada por Miller, pelo italiano Enea Bastianini (KTM) e pelo britânico John McPhee (Honda), que somam mais cinco e três pontos do que o português (20 pontos).
“A equipa tem sabido reagir às adversidades mas a Mahindra nem tanto, precisamos de algo urgente para estar no lugar para o qual trabalhamos tanto”, lamentou o almadense, antevendo a sexta corrida do Mundial de velocidade, que está marcada para o próximo dia 01 de junho, em Itália.
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