Miguel Oliveira (KTM) qualificou-se hoje na décima posição para o Grande Prémio de Valência de Moto2, que marca a despedida do piloto português da categoria intermédia antes da passagem para a MotoGP.

Oliveira gastou 1.36,429 minutos na sua melhor volta, terminando a 652 milésimos de segundo do italiano Luca Marini, que garantiu a ‘pole position’, numa sessão de piso seco, ao contrário do que aconteceu nos treinos livres da manhã. O piloto de Almada bateu o seu companheiro de equipa, o sul-africano Brad Binder, por 35 milésimos.

Oliveira tem como melhor qualificação este ano um quarto lugar no Red Bul Ring da Áustria, depois de em 2017 ter conseguido duas ‘poles’, na Argentina e em Aragão.

Em MotoGP, o mais rápido foi o espanhol Maverick Viñales, em Yamaha, gastando 1.31,312 minutos, deixando o compatriota Alex Rins (Suzuki) a 68 milésimos e o italiano Andrea Dovizioso (Ducati) a 80.

A sessão ficou ainda marcada pela queda do já campeão Marc Márquez (Honda), com o piloto espanhol a deslocar o ombro esquerdo. No entanto, depois de uma rápida passagem pelo camião da equipa para receber assistência, voltou à pista para rubricar o quinto melhor tempo, a 130 milésimos de Viñales.

O italiano Valentino Rossi (Yamaha) foi uma das desilusões do dia ao quedar-se pelo 16.º lugar, a 1,070 segundos do companheiro de equipa, nem sequer conseguindo uma vaga na segunda e última fase da qualificação, depois de também ter caído de manhã, nos treinos livres.

Nas Moto3, o italiano Tony Arbolino sairá domingo do primeiro lugar da grelha, pois foi o único a baixar do segundo 47, com o registo de 1.46,773 minutos.

O GP da Comunidade Valenciana, que se disputa domingo no circuito Ricardo Tormo, é a 19.ª e última prova da temporada.

Com os campeões das três classes já encontrados (o espanhol Jorge Martin em Moto3, o italiano Francesco Bagnaia em Moto2 e o espanhol Marc Márquez em MotoGP), restam ainda algumas decisões para domingo.

Desde logo, o título mundial de equipas em Moto2, competição que a Red Bull KTM Ajo, de Miguel Oliveira, lidera, com 473 pontos, mais 22 do que a Sky Racing Team VR46, cujo patrão é Valentino Rossi.

Em MotoGP, a Honda também já é campeã de construtores, mas falta decidir quem será a equipa mais forte. A Repsol Honda Team, dos espanhóis Marc Márquez e Dani Pedrosa, lidera as contas, com 39 pontos a mais do que a Movistar Yamaha MotoGP, de Rossi e Viñales.

Outras contas por acertar são as de rookie (estreante) do ano. Neste particular, o italiano Franco Morbidelli (Estrella Galicia 0.0) tem dez pontos de vantagem sobre o malaio Hafizh Syharin (Monster Yamaha Tech3).

No campeonato de pilotos independentes (que exclui os contratados pelas fábricas), o francês Johan Zarco (Monster Yamaha Tech3) tem apenas um ponto de avanço para o britânico Cal Crutchlow (LCR Honda Castrol), que não participa nesta ronda devido a lesão, e cinco para o italiano Danilo Petrucci (Alma Pramac Racing).