O piloto Miguel Oliveira adiantou hoje que existem contactos e "uma possibilidade muito forte" de se mudar em 2015 para a Red Bull KTM Ajo, a equipa onde corre o atual líder do campeonato Moto3.
"Já nos contactaram - há várias corridas - e ainda estamos em contactos. Há muito interesse da parte deles em que eu faça parte da equipa [Red Bull Aki Ajo] no ano que vem. Não vou negar, é uma possibilidade muito forte. Mas neste momento quero garantir um bom final de ano", disse Miguel Oliveira, ainda piloto oficial da Mahindra, em entrevista à agência Lusa.
A Red Bull KTM Ajo é uma equipa liderada pelo antigo piloto finlandês Aki Ajo, pela qual o atual campeão de MotoGP, o espanhol Marc Marquez, ganhou em 2010 o seu primeiro campeonato do mundo na então categoria 125cc. De lá para cá, a equipa também ganhou em 2012, com o alemão Sandro Cortese, e lidera o atual campeonato Moto3, com o australiano Jack Miller.
Certa parece ser a saída de Miguel Oliveira da equipa oficial da Mahindra, na qual está há dois anos (6.º lugar no campeonato Moto3 no ano passado e atual 9.º no campeonato deste ano) e com a qual tem contrato apenas até novembro.
"Não, na mesma equipa não creio que seja o ideal. Preciso de uma mudança, já estou há dois anos com a Mahindra e uma parceria com a Suter há três, e sempre trabalhei com essa fábrica. Sinto que está na hora de mudar, de conseguir algo que me garanta melhores resultados", disse o piloto de Almada, o único português nos Campeonato do Mundo de motociclismo de velocidade.
O objetivo no início desta época, contou Miguel Oliveira, era lutar pelos três primeiros lugares (na Mahindra) e passar para a categoria acima, a Moto2, mas os resultados impuseram outro calendário.
"O meu objetivo era poder passar para a Moto2 no final deste ano. Recebemos diversas propostas nesse sentido, mas nenhuma me cativou. E com o ano que estamos a fazer, ainda que seja positivo e falte muito para acabar, sinto que devo estar constantemente no pódio, ganhar corridas na Moto3 e passar para a Moto2 como um piloto forte, um piloto de referência e não apenas como um participante", disse.
Ou seja, a meta "é entrar na Moto2 com uma boa equipa, que possa fornecer o material necessário e lutar para ser campeã".
Miguel Oliveira considera que é mais importante escolher bem a equipa, mais do que optar por um construtor de motas em particular.
"Neste momento, não tem tanto a ver com a marca da mota, mas com a equipa em si. No caso da Moto2, em 2016 - que é o ano em que, se tudo correr bem, espero transitar - os motores vão deixar de ser monomarca - neste momento são Honda - e uma Yamaha ou uma KTM poderá construir a sua própria mota e entrar como construtor no campeonato. Isso é bastante positivo, porque será um ano à descoberta da melhor mota", anteviu.
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