O espanhol Marc Márquez (Honda) inicia este fim de semana, no Qatar, a defesa do título de MotoGP, no arranque do Mundial de motociclismo de velocidade de 2018, em que pode igualar o 'penta' do australiano Mick Doohan.

Em cinco anos na categoria rainha, Márquez sagrou-se quatro vezes campeão do mundo, em 2013, 2014, 2016 e 2017, tendo apenas deixado escapar o título em 2015, para o compatriota Jorge Lorenzo, que, aos comandos de uma Ducati, se assume como um dos principais adversários nesta época.

Caso se imponha pela quinta vez no campeonato de MotoGP, Márquez iguala o registo de Doohan (1994, 1995, 1996, 1997 e 1998), uma das maiores referências da modalidade, apenas superado pelos italianos Giacomo Agostini, que conquistou oito títulos, e Valentino Rossi, heptacampeão.

Aos 39 anos – menos 14 do que Márquez, que tem 25 -, Rossi, campeão de 500cc/MotoGP em 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2008 e 2009, volta a constituir-se como um dos candidatos ao título, na expectativa de recolocar a Yamaha no topo da classe e igualar o recorde de Agostini.

O italiano Andrea Dovizioso, vice-campeão mundial, que em 2017 manteve Márquez em sentido até à última corrida, também procurará melhorar o resultado da temporada passada, ainda que a Ducati não tenha demonstrado um rendimento uniforme em todos os circuitos.

Além de Dovizioso, Rossi e Lorenzo, campeão do mundo em 2010, 2012 e 2015, Márquez terá também de preocupar-se já a partir da corrida noturna no Qatar com os compatriotas Maverick Viñales, colega de Rossi na Yamaha, e Dani Pedrosa, o seu próprio companheiro na equipa oficial da Honda.

Se o título deve ser discutido entre Honda, Yamaha e Ducati, os pilotos da Aprilia (Aleix Espargaró e Scott Redding), Suzuki (Andrea Iannone e Álex Rins) e KTM (Bradley Smith e Pol Espargaró) deverão ter como maior ambição um lugar no pódio, algo que não conseguiram no ano passado.

Em Moto2, o português Miguel Oliveira (KTM) dispõe de uma oportunidade de ouro para conquistar o primeiro título da carreira, uma vez que os dois únicos pilotos que terminaram à sua frente em 2017 foram promovidos à classe rainha: o italiano Franco Morbidelli e o suíço Thomas Lüthi.

Na categoria inferior (Moto3) também está aberta a porta a um novo ciclo, na sequência das saídas para a classe intermédia dos dois primeiros classificados na última época, o espanhol Joan Mir, dominador incontestado em 2017, e o italiano Romano Fenati.

O campeonato do mundo de motociclismo de velocidade de 2018 disputa-se ao longo de oito meses exatos, entre 18 de março e 18 de novembro, sendo composto por 19 Grandes Prémios, 12 dos quais na Europa e um em estreia absoluta, na Tailândia.