O piloto espanhol Marc Márquez (Honda) assumiu hoje o entusiasmo com o regresso ao Mundial de MotoGP, em Portugal, no domingo, após ter falhado as duas primeiras provas da temporadas e a época de 2020.
“É uma grande sensação voltar ao MotoGP, com a minha equipa e com a minha mota. Trabalhámos muito arduamente para o conseguir, com muitas horas no ginásio e com o meu fisioterapeuta”, afirmou o seis vezes campeão do mundo da categoria rainha do motociclismo de velocidade.
O espanhol, de 28 anos, fraturou o úmero direito na primeira prova de 2020, em Jerez de la Frontera. Márquez regressou às pistas 48 horas após a primeira intervenção cirúrgica, acabando por sofrer nova lesão quando a peça de titânio colocada no braço cedeu.
Em dezembro de 2020, foi operado pela terceira vez, devido ao atraso na consolidação óssea, tendo sido diagnosticada uma infeção no local da fratura, que atrasava o processo de recuperação.
“Gostava de ter estado no Qatar, mas os médicos desaconselharam-me e eu ouvi-os para compreender o meu corpo e poder regressar ao MotoGP e fazer o que amo”, frisou Márquez, após nove meses de ‘baixa’.
O catalão vai regressar à competição na terceira etapa do Mundial, no domingo, no Autódromo Internacional do Algarve, depois de ter falhado as duas provas disputadas no circuito de Losail, no Qatar.
“Tenho alguma experiência em Portugal, mas o objetivo para o fim de semana é trabalhar bem. Passo a passo, vamos regressar e isso é muito positivo, após esta longa paragem”, concluiu.
No mesmo comunicado da equipa, o compatriota e companheiro de equipa Pol Espargaró, 10.º do campeonato com sete pontos, mais três do que o português Miguel Oliveira (KTM), assumiu o desalento com os resultados obtidos nas duas primeiras provas.
“Deixámos o Qatar com boa informação, mas sem os resultados que procurávamos. Portugal vai dar-me a oportunidade de perceber melhor a mota, porque vai ser a primeira vez sem ser em Losail. É um circuito divertido e muito físico, pelo que estou ansioso por correr em Portugal. Temos de continuar a melhorar o nosso desempenho e mostrar o potencial da Honda”, sublinhou Pol Espargaró.
O também catalão, de 29 anos, enalteceu ainda o regresso de Márquez, “reconhecendo-o como um referência, que vai ajudar a subir de nível”.
Após duas provas, o Mundial de MotoGP é liderado pelo francês Johann Zarco (Ducati), com 40 pontos, mais quatro do que o seu compatriota Fabio Quartararo e do que o espanhol Maverick Viñales, ambos da Yamaha.
Portimão vai acolher pelo segundo ano consecutivo o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, novamente sem público, devido à pandemia de covid-19. A corrida está marcada para domingo, às 13:00.
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