Nuno Matos (Fiat Proto) regressou ao campeonato nacional de todo-o-terreno com uma vitória na prova de abertura, hoje, na Baja do Pinhal, em Proença-a-Nova, e é o primeiro líder da competição.

O campeão nacional de 2016 estreou um novo carro, depois de vários anos com um Opel Mokka, vencendo com 13.39,9 minutos de vantagem para Alexandre Ré e João Ré (Volkswagen Amarok).

Nuno Matos, que é navegado por Pedro Marcão, gastou 5:35.59 horas para cumprir os três setores seletivos. O último teve mesmo de ser encurtado ao quilómetro 38 devido a um incêndio que deflagrou na zona de Proença-a-Nova. O piloto de Portalegre aproveitou o abandono de João Ramos (Toyota Hylux) ainda no dia de sábado, com problemas mecânicos, e de André Amaral (Ford Ranger), que capotou.

Para Nuno Matos foi "uma estreia de sonho". "Foi uma prova fantástica para nós, de início ao fim, sem qualquer tipo de percalço. Hoje, depois da vantagem que conseguimos ontem e como beneficiámos com alguns percalços que os nossos adversários tiveram, o andamento foi diferente. Sinceramente, estou surpreendido e muito feliz. Começámos com o pé direito no campeonato, neste novo projeto. Esta prova, seja pela distância, seja pelos pisos, foi uma das mais duras que o nosso campeonato conheceu nos últimos anos", disse o piloto alentejano.

Tiago Reis e Valter Cardoso (Mitsubushi Racing Lancer) fecharam os lugares do pódio, a 21.9,2 minutos.

Na classe T8, João Rato (Bowler Wildcat) foi o vencedor, sendo sexto da classificação geral. Já Nuno Corvo (Nissan Pathfinder) venceu a categoria T2, para os carros mais parecidos com os de série.

Nas motas, Daniel Jordão (Yamaha WR450F) estreou-se a vencer uma prova à geral (venceu também a classe TT2), com 6:13.41,9 horas, deixando Bernardo Megre (Husqvarna FE), vencedor da classe TT1, a 2.41,8 minutos. Salvador Vargas (KTM EXC) foi o terceiro, ganhando entre as TT3, a 6.37,9 minutos do vencedor.

Apesar da vitória, o piloto da Figueira da Foz não evitou um susto no último setor seletivo, ao sofrer uma violenta queda. "O dia estava a correr muito bem, apesar do piso estar bastante deteriorado. Tinha muita pedra solta devido à passagem dos carros. O percurso era muito técnico. Parecia mais enduro do que um raide. Sensivelmente ao quilómetro 100, numa subida, bati em alguma coisa, penso que numa pedra. Sofri uma queda forte, dobrei o guiador e fiz algumas escoriações no braço. Mas consegui voltar à moto e terminar, embora com muitas dores.' explicou Daniel Jordão.

O pelotão das motas, contudo, estava desfalcado do campeão António Maio, do ex-campeão Mário Patrão e de David Megre, todos a recuperar de lesões sofridas no rali Dakar.

Nos quads, Roberto Borrego (Yamaha AJ42) foi o mais rápido, enquanto Pedro Santinho Mendes (Can-Am) ganhou a classe SSV. Nesta categoria, o antigo treinador do FC Porto e Chelsea, André Villas-Boas (Bombardier Can-Am) foi 16.º, a 32.17,9 minutos do vencedor.