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A organização pondera um regresso da prova às "míticas" etapas do norte.
O Rali de Portugal arranca na quinta-feira para uma edição que pode marcar o adeus ao sul do país e com um piloto apontado por todos como superfavorito: o francês Sebastien Ogier (Volkswagen).
A 48.ª edição do Rali de Portugal é também a décima consecutiva no sul e a organização, o Automóvel Clube de Portugal, pondera um regresso da prova às "míticas" etapas do norte.
Com o presidente do ACP, Carlos Barbosa, a admitir uma decisão para breve e com o campeão do Mundo de pilotos, o francês Sebastien Ogier, a assumir que um Rali de Portugal nortenho "seria espetacular" devido à maior presença de adeptos, esta poderá mesmo ser última edição do Rali em terras algarvias.
Para esta edição do Rali de Portugal estão inscritos mais de 80 carros, 15 dos quais do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC), além dos principais pilotos portugueses - o campeão nacional Ricardo Moura, o atual líder do campeonato Pedro Meireles, Bernardo Sousa e Rui Madeira -, já que a primeira etapa é pontuável para o Campeonato Nacional de Ralis.
O francês Sebastien Ogier surge no Rali de Portugal como campeão em título, como líder do campeonato (63 pontos, mais três do que o colega de equipa na Volkswagen, Jari-Matti Latvala) e com o estatuto de superfavorito.
"O Ogier é o maior piloto da atualidade, tem o melhor carro e, por isso, será concerteza o favorito", considerou à Lusa o líder do campeonato nacional, Pedro Meireles.
O próprio francês assume que está em Portugal para ganhar pela quarta vez (repetindo os triunfos de 2010, 2011 e do ano passado), e, para "abrir as hostilidades", venceu no passado fim de semana o Fafe Rally Sprint, provando uma vez mais que o Polo-R é o melhor carro do pelotão.
Já a Hyundai (do vice-campeão mundial, o belga Thierry Neuville) inscreveu três carros no Rali, sobretudo para obter dados em prova acerca do funcionamento do i20 WRC, um carro que a marca sul-coreana acredita poder desenvolver para ser competitivo em 2015.
Quanto à Citroen, histórica dos ralis e dominadora na última década, tem no norueguês Mads Ostberg e no britânico Kris Meeke pilotos candidatos a um "brilharete" na terra portuguesa.
O próprio Ogier considerou à Lusa que a marca francesa será perigosa: "A Citroen ainda tem um nível alto de rendimento. Foi a equipa que dominou os últimos 10 anos e não pode ter perdido tudo agora. Tenho a certeza de que a equipa e o carro ainda são bons".
"Ao Mads e ao Kris não lhes falta velocidade, por isso, teremos de manter um olho neles. Eles conseguem ser muito rápidos em alguns ralis, mas falta-lhes alguma experiência no WRC. Se evitarem cometer erros, poderão estar na luta pelos lugares cimeiros", explicou à Lusa o piloto da Volkswagen.
O primeiro momento de competição do Rali é uma superespecial de 3,27 quilómetros na tarde de quinta-feira, com o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, como pano de fundo.
Seguem-se três dias de corrida em 15 troços de terra no Algarve e Baixo Alentejo, num total de mais de 336 quilómetros cronometrados em localidades como Silves, Ourique, Almodôvar, Santa Clara, Santana da Serra, Malhão, Loulé e São Brás de Alportel.
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