O público lisboeta mostrou esta sexta-feira preferir a originalidade à técnica, ovacionando de pé os pilotos que protagonizaram as cenas mais caricatas da superespecial do rali de Portugal.
Desenganem-se aqueles que pensam que as palmas foram para os principais nomes, porque a preferência do público nada teve a ver com os resultados.
Sim, a luta entre Sébastien Ogier e Dani Sordo, já com as luzes acesas, prendeu a atenção dos espetadores até ao último suspiro, mas os dois primeiros da classificação do rali ficaram longe de ser os preferidos.
Esses foram os que mais espetáculo deram. Os lisboetas preferiram aplaudir a imperfeição em detrimento da perfeição técnica e, por isso, o rei dos aplausos, eleito unanimemente, foi Michal Kosciuszko.
O piloto polaco fez duas voltas e meia com o capot aberto, sem ver a estrada, e ganhou novos fãs em Portugal, merecendo uma ovação de pé.
O segundo lugar foi atribuído pelo público – eram esperadas 50.000 pessoas, terão comparecido 40.000 – a Sepp Wiegand, o homem que perdeu a roda traseira à saída da primeira curva, fez meia volta com a jante a queimar o chão até ser parado pela organização para colocar o pneu em falta e terminar em último.
“Ex aequo” com o alemão só mesmo Edoardo Bresolin, 23.º classificado e autor das curvas mais espetaculares, registadas pelos inúmeros telemóveis e máquinas fotográficas.
O italiano mereceu palmas de pé, mais até do que o vencedor, Mikko Hirvonen, que nos aplausos ficou mesmo atrás dos portugueses.
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