A Peugeot Sport, ramo desportivo da marca automóvel francesa, lançou hoje a nova versão do modelo 208, com a expetativa de continuar a ter o melhor carro de Rally 4, a quarta categoria mais importante de ralis.
O distribuidor dos veículos desportivos Peugeot na Península Ibérica, José Pedro Fontes, realçou à Lusa que a anterior versão do 208 era a "referência" da categoria, designada R2 antes das alterações decretadas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), e foi "o maior sucesso de vendas de sempre nos ralis" - mais de 450 unidades -, razões pelas quais pretendem manter o estatuto.
"O carro foi feito para ser o melhor carro de Rally 4 a nível mundial, à semelhança do seu antecessor. Queremos continuar a ser referência na categoria, tanto em performances, como em fiabilidade e vendas", disse, à margem da apresentação internacional do veículo, junto à Capela de Nossa Senhora do Viso, situada no concelho de Celorico de Basto, distrito de Braga.
O motor do novo Peugeot 208, com três cilindros de 1,2 litros e 208 cavalos, dispõe de turbo comprimido, característica que o diferencia da versão anterior, com "motor atmosférico", acrescentou o também piloto, que se sagrou campeão nacional de ralis em 2015 e 2016, ao volante de um modelo DS3 da Citröen, marca que, tal como a Peugeot, faz parte do grupo económico PSA.
Em 2020, o automóvel já vai competir em dois troféus monomarca da Peugeot, a 208 Rally Cup, em França, e a Rally Cup Ibérica, cuja terceira edição seguida, com seis etapas, vai começar no Rali de Portugal, etapa do campeonato do mundo da categoria principal (vai passar a designar-se Rally 1), entre 21 e 24 de maio, revelou José Pedro Fontes.
Nessa competição ibérica da Peugeot, os cerca de 20 pilotos inscritos vão competir exatamente com a mesma versão do 208, pelo que a diferença classificativa vai resultar da sua qualidade de condução e da qualidade da "afinação" pelas equipas que os acompanham, acrescentou o responsável.
Além de apresentado, o Peugeot 208 foi testado num dos troços que já integrou o Rali de Portugal, com o piloto espanhol Éfren Llarena, campeão europeu de juniores em 2019 com Sara Fernández na navegação, a afirmar que a nova versão supera a anterior.
"O carro anterior tinha motor atmosférico e obrigava o piloto a ir ao limite. Este é mais fácil de conduzir. Além disso, os travões e a suspensão traseira são mais estáveis. Com o anterior, a traseira oscilava muito ao travar", frisou o piloto de 24 anos, natural de Burgos, na comunidade autónoma de Castela e Leão.
Éfren Llarena revelou ainda que, em 2020, pretende competir nos campeonatos da Europa, júnior e geral, da categoria Rally 2, ao volante de uma marca da PSA.
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