Com 12 pontos de vantagem, Rosberg tem de concluir a 21.ª e última prova do campeonato de 2016 nos três primeiros lugares para conquistar o título mundial independentemente do que possa fazer o britânico Lewis Hamilton, colega de equipa na Mercedes e bicampeão em exercício.

Nas 20 corridas anteriores, o piloto germânico apenas falhou esse objetivo por cinco vezes, em Espanha, na única prova que não cruzou a meta, em consequência de uma colisão com Hamilton, que também abandonou, Mónaco (sétimo colocado), Canadá (quinto), Áustria e Alemanha (quarto, em ambas).

A subida ao pódio deixa Rosberg a salvo do derradeiro ‘assalto’ de Hamilton, que venceu as últimas três corridas e conseguiu adiar para a prova de encerramento do campeonato a decisão do título, que chegou a parecer poder ser conquistado com alguma antecipação pelo colega na Mercedes.

Aquele é o único cenário em que um dos candidatos conquistará o título independentemente do desempenho do rival, pois, caso termine abaixo do terceiro lugar, Rosberg precisará que Hamilton não lhe estrague a festa, enquanto o britânico está sempre dependente do resultado do alemão para conquistar o ‘tri’.

Se terminar entre o quarto e o sexto lugar, Rosberg terá de esperar que Hamilton não vença, mas se for sétimo ou oitavo colocado, só conquistará o título caso o britânico termine abaixo do segundo posto, enquanto, com uma classificação abaixo de nono, precisará que o atual bicampeão não suba ao pódio.

As contas que Hamilton terá de fazer são-lhe substancialmente menos favoráveis e o cenário mais animador passa por uma vitória no circuito Yas Marina, mas, ainda assim, necessitará que Rosberg não consiga terminar nas três primeiras posições.

Caso não consiga vencer em Abu Dhabi, a situação de Hamilton será quase desesperada, pois se for segundo posicionado terá de esperar que Rosberg seja, na pior das hipóteses, sétimo, algo que só aconteceu uma vez, no Mónaco, além do abandono em Espanha.

O terceiro lugar na corrida de domingo significará que Hamilton terá de esperar que o colega de equipa não vá além do nono posto, e, se não conseguir terminar a prova nas posições de pódio – que também só aconteceu na China, Espanha, Azerbaijão e Malásia – entrega o título a Rosberg, mesmo que o germânico não pontue.