O regresso de Arganil ao itinerário do Rali de Portugal, 18 anos depois, é o principal destaque da 53.ª edição da prova portuguesa do Mundial de Ralis, que decorre de sexta-feira a domingo.
A luta a três pelo campeonato a que se assistiu no ano passado, entre o francês Sébastien Ogier (Citroën C3), o estónio Ott Tanak (Toyota Yaris) e o belga Thierry Neuville (Hyundai i20), tem tido sequência na edição deste ano do campeonato do mundo.
O campeão Sébastien Ogier, que no defeso trocou a Ford, com que venceu os últimos dois títulos, pela Citroën, com a qual se iniciou no WRC, chega a esta sétima prova com 122 pontos e na liderança, reconquistada na ronda anterior, no Chile.
Mas, Ott Tanak está a apenas 10 pontos de distância e tem mostrado rapidez e consistência suficientes para discutir a vitória.
Rapidez é o que não falta também ao vencedor do ano passado, mas Thierry Neuville precisa de encontrar a consistência que lhe tem escapado nos últimos três anos.
O belga tem tido o carro mais rápido e mais equilibrado, mas não tem traduzido essa vantagem em resultados, tendo desistido devido a um violento despiste na prova anterior, no Chile, caindo para terceiro do campeonato, a 12 pontos do francês.
Por isso, a equipa coreana alterou a sua formação para esta prova, trazendo o francês e experiente Sébastien Loeb, por troca com o norueguês Andreas Mikkelsen.
O nove vezes campeão mundial de ralis, que trocou a Citroën pela Hyundai no início de 2019, começa a encontrar o ritmo perdido com cinco anos de ausência regular do campeonato do mundo.
Na prova anterior, subiu ao pódio pela primeira vez com a marca asiática, graças a um terceiro lugar.
Em Portugal já venceu duas vezes, em 2009 e 2011, ambas no Algarve. Em 2019 faz a estreia no modelo nortenho da prova do Automóvel Club de Portugal (ACP) e é um nome a ter em conta, até pela boa posição de saída para a pista, pois é o sexto classificado do campeonato, com apenas quatro das seis provas disputadas.
Esse é um fator que corre contra Ogier. Com o tempo quente e seco das últimas semanas, o piso dos troços do primeiro dia estará duro e escorregadio, beneficiando os pilotos que partem mais tarde, pois apanham a pista limpa e com mais tração.
No entanto, as especiais de Arganil, Góis e Lousã, previstas para sexta-feira, são desconhecidas da maioria dos participantes, atenuando as diferenças.
A partir de sábado, o rali regressa a terreno conhecido, com a disputa dos troços na zona de Amarante, Cabeceiras de Basto e Vieira do Minho, para o encerramento em Fafe, no domingo.
A prova termina, mais uma vez, com a ‘power stage' do grande salto da Lameirinha, que distribui cinco pontos pelos cinco mais rápidos.
Outro dos motivos de interesse é saber se Ogier consegue destacar-se como o piloto mais vitorioso de sempre na prova lusa, superando os cinco triunfos que reparte com o finlandês Markku Alen desde 2017.
O Rali de Portugal parte oficialmente de Coimbra na quinta-feira, às 19:00 horas, com a competição a iniciar-se verdadeiramente na sexta-feira, na Lousã, às 09:48 horas.
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