A temporada de Fórmula 1 de 2020 poderá começar com uma corrida na Europa sem a presença de público nas bancadas, afirmou o diretor desportivo da competição, Ross Brawn, esta quarta-feira. De recordar que o campeonato de Fórmula está suspenso devido à pandemia do novo coronavírus, que parou o mundo do desporto.
"Do nosso ponto de vista, as condições parecem favoráveis para que o início da temporada seja disputado na Europa, e isso pode ser com um evento à porta fechada. Poderíamos oferecer um ambiente fechado, onde as equipas chegassem de avião em voos charters, seriam levados até ao circuito para garantir que todos fossem testados para o novo coronavírus e que ninguém estivesse em risco", disse Brawn ao canal de televisão 'Sky Sports'.
"Teríamos uma corrida sem espectadores. Não é o ideal, mas é melhor do que nada. Poder apresentar um evento desportivo e distrair as pessoas seria extremamente benéfico durante esta crise que estamos a passar", acrescentou o diretor desportivo da F1, lembrando que milhões de pessoas já têm o hábito de assistir as corridas pela televisão.
As primeiras nove provas da temporada de Fórmula 1 de 2020 foram canceladas (Austrália e Mónaco) ou adiadas e ainda sem data definida (Bahrain, China, Vietname, Holanda, Espanha, Azerbaijão e Canadá).
Após o adiamento do GP do Canadá anunciado na terça-feira, a primeira corrida agendada agora é o GP da França, marcado para os dias 26 e 28 de junho no circuito de Paul Ricard.
Para Brawn, a temporada pode consistir em 18 ou 19 corridas, se começar em julho. "Para o título mundial, são necessárias no mínimo oito corridas, de acordo com os estatutos da FIA. Esse mínimo pode ser alcançado se começarmos em outubro. Será então quando chegarmos ao ponto crítico", disse o dirigente, que também não descarta que esta temporada seja prolongada até 2021.
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