A segurança do público no Rali de Portugal, a decorrer de 21 a 24 de maio, vai envolver a mobilização de 1.900 elementos da GNR, que zelarão pelo seu correto posicionamento nas 33 zonas devidamente assinaladas a verde.

Na conferência de imprensa de apresentação das medidas de segurança para a 49.ª edição da prova, que decorreu nas instalações do Comando Territorial do Porto da GNR, os responsáveis apelaram à “ordem”, “educação” e “civilidade” dos intervenientes.

A GNR adotará ‘tolerância zero’ para com qualquer comportamento incorreto por parte dos espetadores, no regresso ao norte do Rali de Portugal, e recorda que todas as zonas que não estão assinaladas a verde são locais interditos.

“Todos os lugares não assinalados são interditos ao público”, referiu o tenente-coronel Lourenço da Silva, responsável operacional pelas medidas de segurança adotadas para a prova, acrescentando que “os elementos destacados não compactuaram com exceções”.

Segurança é a “palavra-chave” e principal preocupação a reter da organização da prova neste regresso ao norte, não só durante a realização das provas especiais de classificação (PEC), mas também nos troços de ligação de e para a Exponor, em Matosinhos.

“Os pilotos andam sempre no limite e se a segurança não for salvaguardada os resultados podem ser diferentes dos desejados, como atestam, infelizmente, os exemplos recentes de vários acidentes com espetadores”, referiu o responsável.

As denominadas 33 ‘zonas verdes’ que a organização instituiu ao longo do percurso, algumas com mais de um quilómetro de extensão viradas para o troço, são as únicas destinadas ao público, sendo todos os outros locais interditos.

“Os locais destinados ao público estão devidamente assinalados a verde. Os locais assinalados são os únicos onde os espetadores podem estar, todos os outros são, sem exceção, áreas interditas”, reforçou o tenente-coronel Lourenço da Silva.

Os elementos da GNR destacados para garantir a segurança da prova, medida essencial para a manutenção do Rali de Portugal no calendário mundial de ralis, vão ainda zelar pelo acesso do trânsito aos troços e prevenção de criminalidade, nomeadamente na vigilância aos parques de estacionamento.

As medidas de segurança, até pela ‘afición’ do norte ser historicamente mais entusiástica do que no sul, os organizadores tiveram que reformular e redesenhar as medidas adotadas nas últimas edições, que decorreram no Algarve.

O próprio relevo da área em que decorre a prova, com a envolvente das vias de acesso, obrigou a adoção de um esquema novo de segurança, bem diferente do adotado em 2001, aquando da última edição do Rali de Portugal na zona onde decorre este ano.

“Em 2001 a nossa preocupação era a de manter o público fora da estrada e a estrada para os carros”, referiu o diretor da prova Pedro Silva, sublinhando que, nesta edição, há zonas devidamente assinaladas para assistir à prova.

O próprio percurso da prova também está diferente, mais concentrado e menos extenso em termos geográficos, com menos provas especiais de classificação e repetidas, o que leva a que o público não tenha que se deslocar de um lado para o outro como em 2001.

As ‘zonas verdes’, ainda de acordo com os promotores do rali, são as ideais para assistir à prova e as mais espetaculares, devendo os interessados, com o devido tempo, deslocarem-se para as mesmas, deixando os seus veículos nos parques devidamente assinalados.