Sérgio Perez (Racing Point) venceu hoje o Grande Prémio Sakhir de Fórmula 1, no Bahrain, e tornou-se no primeiro mexicano a vencer uma prova do Mundial de Fórmula 1 desde a vitória de Pedro Rodriguez no GP da África do Sul de 1970.

Perez terminou as 87 voltas em 1:31.15,114 horas, deixando o francês Esteban Ocon (Renault) na segunda posição, a 10,518 segundos, e o canadiano Lance Stroll (Racing Point) em terceiro, a 11,869 segundos.

A vitória de Perez parecia muito improvável na primeira volta, sobretudo depois de ter sido tocado na roda traseira direita pelo monegasco Charles Leclerc (Ferrari), formando uma carambola que deixou fora de corrida o piloto da Ferrari e o holandês Max Verstappen (Red Bull), que se queixou da "agressividade" da manobra "descuidada" de Leclerc.

O piloto da Racing Point fez um pião e caiu para a cauda do pelotão, aproveitando o safety car para ir trocar de pneus, regressando à pista em 18.º e último lugar.

Nessa altura, o guião parecia encaminhar-se para o concretizar do conto de fadas do britânico George Russell, chamado à última hora pra substituir o já campeão Lewis Hamilton na Mercedes, infetado com covid-19.

Partindo da segunda posição da grelha, atrás do finlandês Valtteri Bottas (Mercedes), Russell conquistou a liderança logo na primeira curva, aguentando-a 63 voltas.

Foi nessa altura que um pião do sul-coreano Jack Aitken, chamado a substituir Russell na Williams, deixou detritos na pista e obrigou a novo ‘safety car’.

A Mercedes chamou os dois carros para trocar de pneus, quando tinha cerca de 45 segundos de vantagem para o terceiro, que já era, nessa altura, Sérgio Perez.

Mas os mecânicos baralharam os pneus dos seus pilotos e montaram pelo menos uma borracha de Bottas no carro de Russell.

Só se aperceberam quando estavam a montar as de Russell no carro de Bottas, abortando a operação a meio, o que obrigou Bottas a regressar à pista com os mesmos pneus duros e desgastados com que havia entrado nas boxes, após uma paragem de 22 segundos (a média ronda os dois segundos).

Pelos regulamentos, um piloto não pode montar pneus atribuídos a outro corredor, pelo que foi aberta uma investigação ao incidente.

Russell, que saíra para a pista em quinto, mas já recuperara até ao segundo lugar, a morder os calcanhares de Perez, que herdou a liderança com a confusão nas boxes da Mercedes, foi novamente chamado às boxes para trocar para pneus macios, devido a um providencial furo.

Perez ficou com o caminho livre para a primeira vitória na Fórmula 1 após 11 temporadas e numa altura em que não tem contrato para 2021.

Já Russell, que regressou à pista em 14.º lugar, ainda recuperou até à nona posição, marcando um ponto extra por conseguir a volta mais rápida da corrida.

"Já tive corridas em que perdi a vitória, mas, duas vezes na mesma [prova], nem conseguia acreditar", frisou o piloto britânico, no final.

O patrão da equipa, Toto Wolff, explicou no final que a falha se deveu a uma avaria num dos rádios da equipa.

Já Perez nem queria acreditar. "Ainda não sei se não estou a sonhar pois imaginei este momento muitas vezes", frisou o mexicano, que admitiu ter propostas, mas apenas para 2022.

Com estes resultados, Hamilton, já campeão, manteve os 332 pontos, enquanto Bottas tem 205, ganhando quatro a Verstappen na luta pela segunda posição.

Sérgio Perez é quarto, com 125.

O campeonato termina no domingo, com o GP de Abu Dhabi.

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