O ‘novo’ Rali de Portugal, os troços ainda desconhecidos e a incerteza sobre a degradação do piso são vistos como grandes desafios por Sébastien Ogier, Thierry Neuville ou Mads Ostberg, antes do arranque da quinta prova do Mundial.

Depois do ‘shakedown’ realizado hoje de manhã, em Paredes, e antes da superespecial de Lousada, que abre o rali às 19:00, o francês Sébastien Ogier (Volswagen) elogiou a qualidade dos troços, mas disse que o piso é mais macio do que era no Algarve e sublinhou que, “em algumas secções, a segunda passagem vai ser muito complicada”.

Bicampeão do mundo e líder do campeonato, o francês, entusiasmado por descobrir um novo rali, considera que a escolha dos pneus será fundamental: “a tendência será para escolher macios, mas, com temperaturas elevadas, não é assim tão óbvio. Não temos muita experiência. Há duas semanas, quando testámos, estava a chover”.

Confiante de que os problemas que o afastaram da luta pela vitória no Rali da Argentina estão ultrapassados, o vencedor das três primeiras provas – Monte Carlo, Suécia e México – Ogier assume que terá de correr riscos, sobretudo porque vai abrir a estrada na sexta-feira e no sábado. “É sempre uma desvantagem, tenho sempre de correr riscos, tenho de ser mais agressivo”, completou.

Mads Ostberg (Citroën), segundo classificado do Mundial, a 33 pontos, fez hoje um mau ensaio, ao capotar logo na sua primeira passagem do ‘shakedown’, mas o carro não sofreu danos profundos e norueguês estará apto iniciar a prova.

“Foi um bom despertar”, afirmou Ostberg. “Saímos do carro, voltámos a pô-lo sobre as rodas e seguimos. Não fizemos grandes estragos, tivemos alguma sorte”, acrescentou o piloto nórdico.

Considerando que “os troços são fantásticos, um grande desafio”, Ostaberg alertou também para a decisão dos pneus. “Todos preferem os pneus macios, mas as etapas são longas e as temperaturas são altas. As escolhas podem estragar um rali. Espero que tudo corra bem”, frisou.

O belga Thierry Neuville (Hyundai), que também não pontuou na Argentina, devido a um acidente que o fez cair para sexto no Mundial, antevê um bom evento em Portugal, com boas etapas.

“A aderência não é grande, mas é igual para todos. Espero tirar vantagem de ser sexto na estrada. A escolha dos pneus vai ser difícil. Haverá muitas surpresas, porque já vimos a parte superior do pisos, mas não sabemos como será depois das primeiras passagens. É um grande ponto de interrogação”, comentou o belga.