O presidente do Turismo Porto e Norte defendeu hoje que o secretário de Estado do Turismo deve repensar e alterar a sua estratégia quanto ao Rali de Portugal, que ficou sem apoio financeiro do Estado em 2014.

“Os resultados conseguidos comprovam que a estratégia de promoção da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) é a correta e se alguém deve repensar e alterar a sua estratégia é o senhor secretário de Estado do Turismo, que decidiu que o Rali de Portugal não deveria ter apoio financeiro, por não se coadunar com os objetivos do turismo”, disse hoje Melchior Moreira.

Em julho de 2014, o Ministério da Economia anunciou que o Turismo de Portugal não iria apoiar financeiramente a edição de 2015 do Rali de Portugal nem a prova de WTCC, a realizar-se no Porto, e justificou que tal decisão se devia a uma nova estratégia de promoção do país.

A decisão foi alvo de muitas críticas, especialmente por ter coincidido com o regresso da prova ao Norte do país, e motivou um acordo de parceria entre os municípios envolvidos, o organizador Automóvel Clube de Portugal e a CCDR-N, que acabou atribuir um milhão de fundos comunitários para financiar a prova.

Em jeito de balanço da 49.ª edição da prova que terminou domingo, e da qual espera um retorno económico superior “em muito aos 100 milhões previstos”, Melchior Moreira lembrou nunca ter duvidado do “impacto global que o regresso do rali ao Norte traria”.

“E mantenho a convicção de que o maior retorno é a imagem que causamos em todos aqueles que nos visitaram, em todos aqueles que acolhemos e em todos aqueles que impressionámos pela forma única como vivemos o rali”, assinalou.

Perante a falta de financiamento do Estado, o responsável destacou a importância da união dos municípios envolvidos em torno da realização do evento que se mostrou “um extraordinário exemplo de sinergias entre várias entidades em prol de um objetivo comum”.

“É por isso que, independentemente das eventuais sugestões de traçado, qualquer que seja o figurino que se desenhe para o próximo ano, nem questiono que a óbvia prioridade será para os 13 municípios que tornaram este regresso possível”, adiantou.

Para o presidente do TPNP, esta edição do Rali “ultrapassou todas as expectativas”, contando com 96 equipas inscritas de 33 países, 1.900 efetivos da GNR e mais de 1.5 milhões de espetadores.

Já no início da semana, os presidentes das câmaras de Fafe, Amarante, Baião e Lousada defenderam que o sucesso do Rali de Portugal, disputado no norte do país, deve fazer com que o Turismo de Portugal apoie, em 2016, a realização da prova.