Um sólido Novak Djokovic impediu hoje, pelo segundo ano consecutivo, que Roger Federer estabelecesse um novo recorde no seu ‘jardim’, ao conquistar o seu terceiro título em Wimbledon, o nono do ‘Grand Slam’.

Vencedor pelos parciais de 7-6 (7-1), 6-7 (10-12), 6-4 e 6-3, em pouco menos de três horas, o sérvio, número um mundial, provocou um desgosto no público que hoje acorreu ao All England Club e que esperava ver o suíço tornar-se, aos 33 anos, o único tenista a conquistar oito títulos na relva londrina – está empatado a sete com Pete Sampras na era Open.

O recordista de triunfos em ‘Grand Slams’ (17), que conquistou o seu último troféu em 2012, nada pode fazer diante da maior solidez e eficácia de Djokovic, que levantou o troféu de vencedor pela terceira vez na sua carreira, depois dos títulos em 2011 e 2014.

"É um dos maiores desafios, jogar com ele na relva, no ‘court’ central de Wimbledon. Sabia que o Roger ia jogar o seu melhor ténis. Ele faz-nos ir ao limite, trabalhar duro e merecer cada ponto. Mas trabalhei a vida toda para ter encontros como este”, disse o feliz vencedor depois de somar o seu nono título em ‘Grand Slams’ e o segundo da temporada depois do Open da Austrália.

Para celebrar, ‘Djoko’, que igualou os três troféus do seu treinador, o alemão Boris Becker, ajoelhou-se no ‘court’ e comeu um pouco de relva. “Soube muito, muito bem este ano. Não sei que como a alimentaram, mas fizeram um grande trabalho”, brincou.

O sérvio igualou, assim, o seu registo frente ao número dois mundial, estando agora empatados 20-20, e aumentou a diferença na liderança do ‘ranking’ mundial para 4.180 pontos.

“O Novak esteve muito bem ele merece. Jogou bem não apenas hoje, mas durante as duas semanas, toda a temporada, o ano passado”, enumerou Federer.

Questionado sobre se, aos 33 anos e sem ganhar um ‘Grand Slam’ desde 2012, ainda pensa conseguir ampliar o seu recorde, Federer explicou que derrotas como a de hoje só fazem com que tenha mais vontade de vencer uma outra vez.

“Ainda estou muito sedento e motivado para continuar a jogar”, assegurou.

E o suíço pode muito bem seguir o exemplo da compatriota Martina Hingis que, depois de ter vencido no sábado o título de pares femininos, voltou hoje a impor-se nos pares mistos, junto ao indiano Leander Paes.

Ao lado do seu colega, a tenista de 34 anos, que não ganhava um título em Wimbledon há 17, derrotou a dupla composta por Alexander Peya e Timea Babos, por 6-1 e 6-1.