A organização da ATP Cup, nova competição de ténis mundial de seleções, informou hoje que doará à Cruz Vermelha 100 dólares australianos por cada ás no evento, como contributo na luta contra os incêndios.
“Por cada ás servido, a ATP Cup doará 100 dólares à Cruz Vermelha australiana, nos esforços de recuperação e apoio aos incêndios”, refere o organismo na sua conta oficial na rede social Twitter.
A ATP Cup, que decorrerá entre sexta-feira e 12 de janeiro nas cidades de Brisbane, Perth e Sydney, refere ainda que são esperados mais de 1.500 ases conseguidos pelos tenistas, o que dará um contributo de cerca de 94 mil euros.
O anúncio da ATP Cup segue-se à iniciativa expressa pelo australiano Nick Kyrgios, 30.º do ‘ranking’ mundial ATP, que informou também no Twitter a intenção de doar 200 dólares por cada ás que consiga nos torneios de verão (no hemisfério sul).
“Vou dar apoio aos afetados pelos incêndios. Vou doar 200 dólares por cada ás que consiga nas competições que disputar este verão”, escreveu o tenista natural de Melbourne.
A iniciativa de Kyrgios teve o efeito de ‘contagiar’ os também australianos Alex de Minaur e John Millman, que também na rede social, anunciaram a intenção de doares 250 e 100 dólares por cada ás, respetivamente.
Hoje, a Austrália autorizou a retirada forçada de moradores dos estados mais devastados pelos incêndios, como Nova Gales do Sul, numa altura em que os serviços meteorológicos alertam para um novo pico de calor no sábado.
Desde setembro, os incêndios na Austrália já provocaram a morte de pelo menos 18 pessoas, mas o balanço poderá subir, já que as autoridades de Victoria avisaram hoje que há 17 pessoas desaparecidas naquele estado.
Desde o início da temporada de incêndios, mais de 1.300 casas foram reduzidas a cinzas e 5,5 milhões de hectares foram destruídos, o que representa uma área maior que a de um país como a Dinamarca ou a Holanda.
Esta crise sem precedentes provocou protestos para exigir ao Governo medidas imediatas contra o aquecimento global, que os cientistas dizem ser a causa destes incêndios, mais longos e mais violentos do que nunca.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, que renovou recentemente o seu apoio à lucrativa e altamente poluente indústria de carvão australiana, tem sido amplamente criticado.
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