O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) disse hoje que a atribuição de bolsa olímpica ao tenista João Sousa dependerá da expetativa do número um nacional conseguir qualificar-se nos 16 primeiros no Rio2016.

“Entram na grelha os atletas cuja expetativa de resultados seja nos primeiros 16. Significa o caso, ir aos oitavos final. O objetivo de integração nas grelhas olímpicas é ficar numa posição correspondente a este lugar. Portanto, a avaliação do comité terá em vista a expetativa de ganhar dois encontros”, explicou José Manuel Constantino, à margem do 25.º Portugal Open.

O presidente do COP avançou que a atribuição de bolsas olímpicas está a ser negociada com a Federação Portuguesa de Ténis e disse esperar ter a matéria encerrada na próxima semana, recusando avançar com qualquer comentário sobre a possibilidade de João Sousa, número 40 da hierarquia mundial do ténis, receber ou não bolsa olímpica.

“A participação nos Jogos Olímpicos e o acesso às grelhas de preparação são coisas completamente distintas. Há atletas que participam nos Jogos e que nunca fizeram parte do processo de preparação olímpica e há outros que participam no processo e depois não se qualificam para os Jogos. Se os Jogos fossem hoje, naturalmente que o João estava qualificado”, destacou.

José Manuel Constantino frisou ainda que quem define os critérios de apuramento para os Jogos Olímpicos, que vão decorrer em 2016 no Rio de Janeiro, no Brasil, é a federação internacional de ténis e não o COP.

“O Comité Olímpico há muito que definiu como sua orientação que terá todo o gosto que todos os atletas que conquistem o apuramento para os Jogos Olímpicos e cujas propostas sejam subscritas pelas respetivas federações. É uma questão de apuramento, não é uma questão da vontade do Comité Olímpico. A vontade do COP é que compitam o maior número de atletas possível”, concluiu.

Na quinta-feira, João Sousa defendeu que a sua participação e a de Gastão Elias como par no Rio2016 dependia da vontade do Comité Olímpico Português.