Victoria Azarenka, número um do ténis mundial, precisou esta quarta-feira de salvar dois “match-points” para derrotar a alemã Angelique Kerber, por 6-7 (11-13), 7-6 (7-2) e 6-4 no "Masters".

Uma das favoritas para sagrar-se campeã do último torneio da temporada, Azarenka, que chegou a liderar por 6-2 no primeiro “tie-break”, teve de salvar dois pontos de encontro, quando servia no segundo “set”.

A recuperação deu-lhe motivação para levar de vencida o terceiro parcial, frente à quinta jogadora da hierarquia mundial, e fechar o encontro depois de três horas e seis minutos em "court".

Este foi o primeiro jogo da bielorrussa, líder do "ranking" feminino, no "Masters", que reúne as oito melhores tenistas mundiais em Istambul (Turquia), ao contrário de Kerber, que na véspera perdeu com Serena Williams na primeira jornada do grupo vermelho.

Ainda na ronda de hoje, Serena Williams partiu uma raqueta, mas venceu a chinesa Li Na e avançou para as meias-finais da prova, num dia em que a detentora do título, a checa Petra Kvitova, se retirou.

A norte-americana de 31 anos será a mais velha jogadora a conquistar o título se vencer a final e este objetivo ficou facilitado com o conhecimento do abandono de Kvitova, aparentemente com uma crise viral.

Williams, a campeã olímpica e do US Open e Wimbledon, precisou de dois “sets” para afastar a chinesa, pelos parciais de 7-6 (7-2) e 6-3, a antiga campeã de Roland Garros.

A mais nova do clã Williams chegou a estar a perder por 3-1, permitiu um “break” no seu serviço, mas conseguiu empatar a 6-6, antes de sobreviver ao “tie-break” que decidiu o primeiro “set”.

No segundo “set”, Williams gritou muito e batalhou para vencer um muito crucial quinto jogo.

O encontro ficou marcado por alguma tensão, muito barulho e agitação e Serena mostrou pouco à vontade face à pressão, chegando mesmo a destruir a raqueta, no quarto jogo, após uma dupla falta, que lhe valeu uma advertência por violação do código de conduta.

A segunda vitória da norte-americana foi mais um triunfo de força de vontade do que qualquer outra coisa, tendo em conta que falhou mais de 50 por cento de bolas no primeiro serviço, geralmente a sua melhor “arma”, perdeu cinco jogos com o saque e precisou de mais de uma hora e 50 para conquistar o encontro.

«Perdi o serviço mais vezes hoje do que em todo [torneio] de Wimbledon. Pensei demasiado nisso. Não servi bem hoje e pensei demasiado nisso. Eu apenas preciso de não pensar nisso», admitiu.

Em relação ao incidente com a raqueta, Williams confessou: «Acho que estava zangada e não consegui controlar-me. Mas, algumas vezes jogo melhor quando fico zangada».