O ‘capitão’ francês surpreendeu hoje ao abdicar dos especialistas de pares Nicolas Mahut e Julien Benneteau no alinhamento inicial da final da Taça Davis em ténis contra a Bélgica, que vai decorrer entre sexta-feira e domingo, em Lille.

Yannick Noah abdicou dos dois veteranos, de 35 anos, no alinhamento de pares, optando por Richard Gasquet, que poderá ser uma cartada decisiva também em singulares.

O 31.º do ‘ranking’ mundial de singulares junta-se assim a Jo-Wilfried Tsonga (15.º), Lucas Pouille (18.º) e Pierre-Hugues Herbert (13.º em pares, 81.º em singulares) na lista de quatro tenistas que vai defrontar a Bélgica.

“Tinha até ontem à noite para decidir e esperei pelo último momento. Foi uma escolha difícil, porque todos os rapazes foram todos muito bons neste percurso. […] Eu escolhi da melhor equipa possível”, defendeu o selecionador francês.

Questionado sobre a opção de colocar Gasquet e Herbert, que nunca jogaram pares juntos na Davis, lado a lado no sábado, Noah argumentou que, apesar da escolha parecer surpreendente a quem está de fora, faz todo o sentido no seio da equipa.

“Há sempre uma primeira vez. Há automatismos no ‘court’ que se encontram facilmente, e penso que os jogos deles se complementam muito bem. Na quinta-feira passada era difícil imaginar que o Pierre-Hugues ia jogar. Ele foi extraordinário e é o nosso melhor jogador de pares. E o Richard também tem sido ótimo na última semana [durante os treinos]”, analisou.

A final, que terá lugar em Villeneuve-d'Ascq, na aglomeração urbana de Lille, junto à fronteira com a Bélgica, vai iniciar-se com o confronto entre Lucas Pouille e o número um belga, David Goffin.

Segue-se o duelo entre Jo-Wilfried Tsonga e Steve Darcis (76.º), com o decisivo encontro de pares, agendado para sábado, a por frente a frente Gasquet/Herbert e Ruben Bemelmans/Joris de Loore.

No domingo, derradeiro dia da final, os encontros de singulares vão opor Tsonga a Goffin (7.º) e Pouille a Darcis.

A França procura a sua décima ‘saladeira’ de prata, que lhe escapa desde 2001, enquanto a Bélgica, presente na final pela segunda vez em três anos (perdeu com a Grã-Bretanha), visa a sua primeira vitória na Taça Davis.