O tenista português João Sousa considerou hoje “uma medida necessária” o cancelamento de Wimbledon, terceiro torneio do 'Grand Slam', atendendo à pandemia provocada pela COVID-19.
“O cancelamento de Wimbledon e a suspensão do circuito ATP até 13 de julho não são obviamente notícias que nos agradem, principalmente a nós atletas, aos fãs e pessoas envolvidas nos eventos, mas, nos tempos que estamos a viver, acredito que é uma medida necessária. Agora o importante é viver semana a semana, dia a dia”, afirmou o vimaranense, em declarações à agência Lusa.
O número um português e 66.º colocado do ‘ranking’ mundial revela estar “ao corrente da situação tenística, através do grupo [de WhatsApp] dos jogadores”, e defende não haver muito a fazer em relação à suspensão do circuito.
“Acho que a ATP, juntamente com a Federação Internacional de Ténis e os torneios do 'Grand Slam', neste caso Wimbledon, têm estado em contacto e à procura de soluções para voltarmos rapidamente ao circuito. Se ainda não existem circunstâncias favoráveis, temos de esperar e acreditar no trabalho que é desenvolvido por essas entidades para que o ténis volte o mais rapidamente possível à normalidade”, frisou o minhoto.
Wimbledon, o mais antigo torneio do 'Grand Slam', foi cancelado pela primeira vez desde a II Guerra Mundial, devido à pandemia de COVID-19, anunciou hoje o All England Club, entidade organizadora da prova.
"É com grande mágoa que a direção do All England [AELTC] e a Comissão de gestão da prova decidiram hoje cancelar o torneio de 2020, devido à crise de saúde pública provocada pelo novo coronavírus", refere o comunicado divulgado no site oficial do AELTC.
O torneio seria disputado entre 29 de junho e 12 de julho, mas, depois de uma reunião de urgência, a organização optou por cancelar a sua realização este ano, o que significa que a 134.ª edição da prova se vai disputar em 2021, entre 28 de junho e 11 de julho.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infetou mais de 870 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 44 mil morreram. Dos casos de infeção, pelo menos 172.500 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, registaram-se 187 mortes e 8.251 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
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