Daniel Koellerer já era popular no ténis mundial, mas sempre pela mesma má razão: mau comportamento, o que lhe valeu a alcunha de “Crazy Dani”. Agora o austríaco, que ocupa o 385,º lugar no “ranking” mundial, conseguiu mesmo entrar para a história do ténis como o primeiro jogador a ser banido de todas as competições oficiais. A justificação? Culpado de ter tentado viciar resultados.

Koellerer foi declarado culpado de três violações do regulamento anti-corrupção (“Uniform Tennis Anti-Corruption Program”), durante o período de Outubro de 2009 e Julho de 2010. A Unidade para a Integridade do Ténis – formada para investigar casos de suspeita de resultados viciados, em nome da Federação Internacional de Ténis, ATP Tour e WTA Tour – foi a entidade responsável pela investigação. Os encontros em causa não foram especificados mas, segundo o gestor de carreira do tensita, Manfred Nareyka, trata-se de um encontro em que o próprio Koellerer esteve envolvido e mais dois com outros jogadores. O tenista foi igualmente multado em 100 mil dólares (69 mil euros)

Koellerer declara-se inocente e está a ponderar apelar para o Tribunal Arbitral do Desporto. “É um choque gigante. Fui acusado de aliciar jogadores para combinar resultados. Acusado de pedir a jogadores para perderem os seus encontros. Isto não tem cabimento nenhum”, disse à estação de rádio austríaca ORF Oe3.

Koellerer já tinha sido suspenso por duas vezes pela ATP, em 2004 e 2006, tendo estado nesta última ocasião, proibido de competir durante seis meses. No ano passado, Koellerer e Nareyka receberam uma pena suspensa de dois anos por violarem o regulamento anti-corrupção, ao colocar no site do jogador cotacões e “links” de casas de apostas.

Apesar da má fama, Koellerer ocupou o 55.º lugar do “ranking” ATP em 2009, depois de atingir a terceira ronda do Open dos EUA, ganhou seis títulos da categoria “challenger” e chegou a representar a Áustria na Taça Davis, numa eliminatória de 2010.

Anteriormente, já tinha havido jogadores suspensos por violarem o mesmo regulamento. Potito Starace, Daniele Bracciali, Alessio Di Mauro, Giorgio Galimberti e os falecidos Federico Luzzi e Mathieu Montcourt foram alvo de suspensões entre seis semanas e nove meses.