Um torneio de exibição de ténis em Berlim em meados de julho vai poder contar com até 800 espetadores por dia, apesar de quatro jogadores terem testado positivo para covid-19 em evento similar promovido por Novak Djokovic.
As autoridades de saúde da capital da Alemanha decidiram que a competição em piso de relva ao ar livre, de 13 a 15 de julho, vai ter um limite de 800 pessoas, enquanto uma outra, a realizar em superfície dura num hangar do aeroporto de Tempelhof, em desuso, de 17 a 19 de julho, poderá ser assistida por 200 espetadores.
Dominic Thiem e Alexander Zverev, que estiveram no Adria Tour, promovido por Djokovic, um dos quatro contaminados, são dois dos participantes, tal como Nick Kyrgios, crítico nas redes sociais sobre o evento do sérvio, Jan-Lennard Struff, Jannik Sinner e Tommy Haas.
As competições femininas contarão com Elina Svitolina, Kiki Bertens, Petra Kvitova, Julia Goerges, Caroline Garcia e Andrea Petkovic.
Segundo os organizadores, este é o primeiro evento desportivo na Alemanha que em tempos do novo coronavírus vai contar com espetadores: as ligas de futebol e de basquetebol foram retomadas, mas em recintos vazios.
Na Adria Tour verificaram-se quebras no distanciamento social, com jogadores a abraçar-se e a conviver em festas em discotecas: Grigor Dimitrov testou positivo e logo depois confirmou-se igual situação com Djokovic, Borna Coric e Viktor Troicki.
Para evitar contágios, os organizadores germânicos prometem medidas estritas de higiene e de distanciamento social, pelo que os espetadores devem chegar com máscaras, que apenas podem ser removidas nas bancadas, e muitos lugares serão deixados vazios.
“Como todo o mundo do ténis vai estar a olhar para Berlim e para estes torneios, os participantes e toda a equipa devem estar conscientes da sua condição de modelos a seguir”, avisou o organizador, Edwin Weindorfer.
Atletas e ‘staff’ vão ser testados e devem respeitar o rígido protocolo de segurança.
A Alemanha registou mais 498 casos da covid-19 nas últimas 24 horas para um total de 194.259 e mais 12 vítimas mortais, somando 8.973 desde o início da pandemia.
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